Depois de enfrentar meses de uma epidemia de dengue no primeiro semestre, com 29 vidas perdidas, os índices da doença diminuíram na cidade, mas ainda com “luz de alerta”. Resultado do terceiro LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti) do ano apontou infestação vetorial predial de 1,32%, que é a média de todas as regiões. A OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica o percentual abaixo de um como satisfatório.
Em janeiro o índice era de 5,50%, considerado de risco. “Estamos numa época em que observamos a influência do tempo, mas também foram adotadas ações durante a epidemia, com mutirões, intensificação do trabalho dos agentes de endemias, utilização de bomba costal nos locais com maior incidência. Tudo isso gerou uma repercussão positiva”, avaliou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.
Levando em conta as regiões da cidade, o índice entomológico varia: leste 1,87%; norte 1,55%; sul 1,29%; central 0,91%; e oeste 0,79%. No recorte dos bairros são, pelo menos, dez localidades com números de alerta: jardim Jatobá, Alexandre Urbanas, Roseira, Adriana, Nossa Senhora Aparecida, Abussafe, Novo Amparo, Paulista, Porto Seguro e Quadra Norte, todos com índice acima de seis.
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O lugar que mais preocupa é o Jatobá, na zona leste, onde a cada 100 imóveis visitados, cerca de 14 têm focos do mosquito Aedes aegypti. “Toda a região que identificamos números discrepantes direcionamos as ações. Neste caso iremos realizar mutirões durante a semana, limpeza de eventuais descartes irregulares, ações de conscientização com a comunidade e nas escolas. São medidas para minimizar”, elencou.
O levantamento foi feito entre os dias dez e 14 de julho. Os principais criadouros com larvas são objetos jogados nos quintais, vasos de planta e água de chuva armazenada sem os devidos cuidados. “Nos chama atenção, e de forma reincidente, é que 100% dos focos estão nas casas, sendo 84% nos quintais e 16% intradomiciliar, ou seja, atrás de geladeira, em vasos de planta dentro dos imóveis”, destacou.