Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
'Pioneira'

Anvisa aprova terapia que muda células do paciente para combater câncer

Raquel Lopes - Folhapress
24 fev 2022 às 09:10
- Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o primeiro registro sanitário no Brasil da terapia gênica com células CAR-T, que modifica células do paciente para combater o câncer.


A terapia celular chamada é desenvolvida pela empresa Novartis Biociências e pode se tornar uma alternativa para tratar o câncer hematológico, como a leucemia.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A indicação é para pacientes pediátricos e adultos com até 25 anos de idade com leucemia que já passaram por outros tratamentos e não tiveram melhora. E também para pacientes adultos com linfoma que já foram submetidos a duas ou mais linhas de terapia.

Leia mais:

Imagem de destaque
Tempo seco no Paraná

Saúde reforça cuidados necessários com as crianças em período de estiagem

Imagem de destaque
Alerta

Organização Pan-Americana de Saúde afirma que há mais de 9.000 casos de oropouche nas Américas

Imagem de destaque
Primeiro no Brasil

Londrina recebe primeiro consultório do ‘Psicólogos Sem Fronteiras’ do Brasil

Imagem de destaque
Inaugurada em 1944

Santa Casa de Londrina completa 80 anos neste sábado


Conhecida como terapia de células CAR-T, a técnica considera as características moleculares de cada tipo de câncer para desenhar uma resposta específica contra a doença.

Publicidade


As células T, que atuam na defesa do organismo, são retiradas do sangue e alteradas geneticamente para que se encaixem na superfície das partículas cancerosas e possam atacá-las. O material é multiplicado em laboratório e reinserido no paciente.


A Anvisa acrescentou que, para garantir a regularização do Kymriah no Brasil, houve inúmeras reuniões, discussões técnicas e acordos entre a Anvisa e representantes da Novartis no Brasil e no exterior.

Publicidade

Isso porque é a primeira vez que a Anvisa registra um produto de terapia avançada que envolve o uso de material de partida oriundo do paciente (células T), que é exportado para fabricação nos Estados Unidos e retorna (na forma do produto CAR-T) para inoculação no paciente em hospitais específicos.


"O produto à base de células CAR-T é uma abordagem tecnológica de tratamento pioneira, que vai ao encontro da necessidade não atendida por outros tratamentos, em casos de pacientes com câncer grave. É uma nova opção onde as alternativas são muito limitadas, com taxas de remissão e sobrevivência promissoras nos ensaios clínicos avaliados pela Anvisa", disse a agência reguladora em nota.

Publicidade


O produto foi também aprovado por outras autoridades regulatórias, como a FDA (Food and Drug Administration), nos Estados Unidos; a EMA (European Medicines Agency), na Europa; e a Pharmaceuticals and Medical Devices Agency, no Japão.


A terapia com células CAR-T foi desenvolvida nos Estados Unidos. Lá, estudos clínicos recebem pacientes locais e de outros países. Em março de 2021, a FDA aprovou o uso dessa tecnologia em pessoas com mieloma múltiplo, tipo de câncer que tem início na medula óssea.


No Brasil, a técnica é utilizada até o momento apenas de forma experimental. Ela foi testada pela primeira vez no Brasil em Ribeirão Preto (interior de São Paulo), em 2019, na Faculdade de Medicina da USP. O paciente foi Vamberto Luiz de Castro, na época com 62 anos, diagnosticado com linfoma não Hodgkin de células B.


A abordagem mostrou resultados promissores no paciente, que estava em estado terminal. No entanto, os médicos não conseguiram acompanhar o quadro de Vamberto a longo prazo. O aposentado morreu dois meses após o tratamento, em decorrência de um acidente doméstico.

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade