Um grupo de famílias com crianças com deficiência, autismo e outras condições e situações de saúde está revoltado com a Prefeitura de Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina), após o município conseguir no TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) uma decisão para derrubar uma lei municipal que previa a implementação do Programa Municipal de Equoterapia. A alegação foi de vício de iniciativa.
O projeto foi aprovado na Câmara de Vereadores, por unanimidade, em 2021 e promulgado no mesmo ano pelo Legislativo ibiporãense após o Executivo não se manifestar sobre a proposição.
A política pública com utilização de equinos para tratamento de saúde e atendimento educacional de pessoas com necessidades especiais nunca chegou a ser implementada pelo município, apesar do prazo previsto na legislação de seis meses após a publicação.
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“A atitude da prefeitura foi lamentável e um retrocesso. Ibiporã conta com lugares e profissionais capacitados para atender essa terapia. Para o município não iria fazer falta alguma em relação a gastos. Seria um ganho imenso para as pessoas com necessidades especiais. Fiquei imensamente triste com a decisão e espero que seja revogada”, lamentou a mãe de uma garota de 13 anos, que tem uma doença genética, e que preferiu não ser identificada.
A adolescente faz terapia com cavalos, no entanto, de forma particular.
“Esta terapia promove ganhos a nível físico e psíquico, além do desenvolvimento psicossocial. O movimento tridimensional que o cavalo faz quando a pessoa está montada é maravilhoso, o cérebro recebe as informações e funciona como estímulo. Na minha filha percebo uma expressão facial esboçada por sorrisos, vocalizações, controle de tronco, coordenação motora, equilíbrio e significativa melhora da postura”, elencou.