Conforme conta o historiador romano Plínio, o vidro teria sido descoberto por acidente, cerca de 5000 a.C. Navegando pelo Rio Belo, na Síria, um navio de carga fenício transportava blocos de nitrato de sódio. Em certo momento a tripulação resolveu aportar em uma praia, para descansar e se alimentar.
Já em terra firme, acenderam um fogo e improvisaram o fogão utilizando alguns blocos do nitrato de sódio para apoiar as panelas. O "natrão" (nitrato de sódio) dissolveu-se por causa do calor do fogo e misturou-se com a areia da praia, dando origem a um novo líquido transparente.
Sabe-se, no entanto, por meio de estudos arqueológicos, que contas de vidro colorido, colares, brincos e frascos já se encontravam nas tumbas dos faraós. Em período anterior, portanto, àquele relacionado à descoberta dos fenícios.
Contudo, seja lá como tenha sido descoberto, muitos contribuíram para seu aprimoramento e divulgação. Os sírios inventaram a técnica do vidro soprado, levando a um melhor acabamento e beleza.
Os romanos destacaram-se por difundir a arte por toda a Europa Ocidental e Oriente Próximo, por meio de seu vasto império. E ainda combinaram o vidro com outros tipos de materiais, tais como o ferro e chumbo, criando inúmeros vasos ornamentais e mosaicos elaborados com uma grande habilidade, fundamentais para a produção de vitrais.