Suspenso pelo Comitê Disciplinar da Fifa por um ano, o meia Fred poderá sofrer uma sanção maior, caso a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) aceite o recurso impetrado pela Agência Mundial Antidoping (Wada) nesta quarta-feira. O jogador do Shakhtar Donetsk está afastado do futebol desde o início do ano.
A Wada não revelou detalhes sobre o recurso, mas deu a entender que pede punição mais longa ao brasileiro, flagrado em teste positivo antidoping durante a Copa América do ano passado, quando defendia a seleção brasileira, no Chile.
Inicialmente, ele fora punido pela Conmebol por um ano. Mas a pena só valia para competições organizadas pela entidade sul-americana. Assim, ele não poderá ser convocado para jogar pelo Brasil na Copa América Centenário, nos Estados Unidos, mas estava liberado para defender o time ucraniano na Liga dos Campeões da Europa.
Em fevereiro deste ano, a Fifa decidiu ampliar a punição para nível mundial, impedindo Fred de jogar pelo Shakhtar nas competições ucranianas e na Liga dos Campeões. A punição é retroativa a 27 de junho de 2015. Desta forma, ele poderia voltar a campo no segundo semestre deste ano.
Agora, o brasileiro corre o risco de ter ampliada a punição, por iniciativa da Wada, que vem mostrando cada vez mais severidade em suas punições, por doping.
Fred havia sido flagrado em teste positivo pelo uso de hidroclorotiazida, um diurético usado para controle de doenças como hipertensão e insuficiência cardíaca. O medicamento é considerado doping porque pode mascarar outra substância ilegal.
Na época da divulgação do doping, Fred se defendeu, negando qualquer irregularidade. "Confio na minha inocência e vou provar isso perante os órgãos competentes. Tenho uma trajetória limpa no futebol e conto com o apoio de todos", afirmara o meia.