Sob um mar de críticas, o árbitro Carlos Eugênio decidiu se manifestar nesta segunda-feira (9) pela primeira vez após o jogo de domingo, no Maracanã, em que anulou um gol legítimo do Palmeiras e acabou influenciando diretamente na derrota por 1 a 0 do time paulista para o Fluminense. Mas engana-se quem pensa que o juiz gaúcho admitiu o erro. Pelo contrário, ele negou a falha e ainda justificou a marcação.
"Apitei a falta antes de a bola chegar na área. O Obina puxou o zagueiro (Maicon) e, posteriormente, o zagueiro puxou o Obina, que, mesmo puxado, fez o gol de cabeça. O jogo já havia parado", disse Simon em entrevista à Radio Guaiba. O árbitro ainda afirmou não se importar se não foi possível ouvir o seu apito na transmissão da partida. "Se a televisão não pegou eu apitando, é outro problema. Eu vi no campo e marquei."
Sobre os ataques que vem sofrendo, principalmente dos dirigentes palmeirenses, Simon disse que não ter "rabo preso". "Já cometi equívocos, mas continuo de cabeça erguida. Boto a cabeça no travesseiro e durmo com a consciência tranquila. Todos que atacarem minha honra vão ter que provar", desafiou. "Não tenho rabo preso. Vim de baixo, de família humilde e o povo do Rio Grande (do Sul) me conhece."
O árbitro gaúcho também não deixou de responder às críticas do presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, que chamou Simon de "hipócrita" e chegou a afirmar que, "no sentido da linguagem popular, ele é um juiz ladrão", em entrevista coletiva concedida nesta segunda, no CT palmeirense. "O gaúcho está de pé. Gaúcho não se entrega e nem vai se entregar para esse cara (Belluzzo). Pode ter certeza", retrucou o juiz da Fifa.