Na despedida de Endrick do Palmeiras na noite de quinta-feira (30) no Allianz Parque, o jogador, que seguirá no segundo semestre para o Real Madrid, não conseguiu fazer um grande jogo e não balançou as redes durante o confronto contra o San Lorenzo, da Argentina, que terminou em um empate sem gols. O duelo foi válido pela última rodada da fase de grupos da Copa Libertadores.
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Na primeira partida em que o treinador português Abel Ferreira escalou como titulares o trio formado por Endrick, Estêvão e Luis Guilherme, todos revelados na categoria de base palmeirense, o time não conseguiu apresentar um grande desempenho e viu o adversário criar as principais chances de gol.
Apagado ao longo de toda partida, Endrick foi substituído aos 24 minutos do segundo tempo pelo meio-campista Rômulo, sendo bastante aplaudido pelos 40 mil torcedores presentes no estádio.
"Tenho muita gratidão pelo Palmeiras. Desde quando eu não era ninguém, o Palmeiras foi o único time que apostou todas as suas fichas em mim. Nunca vou esquecer disso", afirmou o jogador após a partida.
Questionado se pode voltar a jogar no clube, Endrick afirmou que tem esse desejo, mas evitou fazer promessas. "Como eu sempre falo, eu não sei o dia de amanhã, só Deus sabe. Eu não sei se eu vou estar vivo. É um sonho meu [voltar ao Palmeiras], eu pretendo, mas é difícil prometer. Porque eu não sei o dia de amanhã."
Embora o Palmeiras não tenha realizado grandes homenagens ao jogador durante a partida contra os argentinos devido a restrições impostas pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), a torcida presente no Allianz Parque festejou o jogador e estendeu uma faixa com os dizeres: "até logo".
"Eu só peço que eles [torcedores] nunca me esqueçam. Porque eu nunca vou esquecer eles. E espero que um dia nós possamos nos reencontrar", afirmou Endrick.
Com o resultado, o Palmeiras encerra a participação na fase de grupos com 14 pontos, no primeiro lugar do grupo F.
A passagem do atacante vai deixar saudades na torcida alviverde. Em pouco mais de um ano e meio desde a estreia entre os profissionais, o jogador que une força física e velocidade ergueu taças e se consolidou como um dos principais jogadores em atividade no futebol brasileiro.
Multicampeão com a camisa alviverde -dois títulos do Campeonato Brasileiro, dois do Campeonato Paulista e um da Supercopa do Brasil, além de sete triunfos na base-, Endrick já desponta, ao lado de Vinicius Junior e Rodrygo, como um dos destaques no ataque da seleção brasileira.
Estrela precoce, tornou-se, no fim de 2022, o jogador mais jovem a estrear e a marcar com a camisa do Palmeiras.
Dois meses depois da estreia, já havia sido negociado com o Real Madrid, em um acordo de 72 milhões de euros (R$ 403,5 milhões), estabelecendo uma das maiores vendas de jogadores brasileiros na história.
Após a partida desta quinta-feira no Allianz Parque, o jogador se apresenta à seleção brasileira de Dorival Junior para a disputa da Copa América, nos Estados Unidos. O Brasil está no grupo D, ao lado de Costa Rica, Paraguai e Colômbia.
"Estou focado para fazer um bom campeonato, para ajudar a equipe. É um novo ciclo, uma nova etapa, uma nova era dentro da seleção. Então, vou tentar ajudar eles de qualquer forma possível", disse o atacante.
Uma semana após a final do torneio entre seleções, prevista para 14 de julho, Endrick completará 18 anos e seguirá para Madri, onde formará um dos ataques mais estrelados do futebol mundial ao lado de Vinicius Junior e Rodrygo, e, provavelmente, de Kylian Mbappé -o francês artilheiro da Copa de 2022 é apontado pela imprensa europeia como nome certo no Real Madrid a partir da próxima temporada, após encerrar sua passagem pelo PSG (Paris Saint-Germain).
Endrick encerrou sua passagem pelo Palmeiras com 82 jogos e 21 gols.
PALMEIRAS
Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez (Gabriel Menino), Murilo e Piquerez; Aníbal Moreno (Mayke), Richard Ríos e Raphael Veiga (Flaco López); Luís Guilherme, Estêvão (Rony) e Endrick (Rômulo). Técnico: Abel Ferreira.
SAN LORENZO
Altamirano; Braida, Campi, Giay, Romaña e Luján; Irala, Leguizamón (Peruzzi), Cuello (Cerutti) e Remedi; Bareiro (Herazo). Técnico: Romagnoli.
Estádio: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Público: 40.114
Renda: 4,512.164,57
Árbitro: Felipe Gonzalez (CHI)
Assistentes: Claudio Urrutia (CHI) e Juan Serrano (CHI)
VAR: Fernando Vejar (CHI)
Cartões amarelos: Richard Ríos (PAL); Braida, Cuello e Romaña (SAN)