Com gol de pênalti aos 48 minutos do segundo tempo, a seleção brasileira bateu a Argentina por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Serra Dourada, em Goiânia, e saiu na frente no Superclássico das Américas. Neymar, na penalidade, e Paulinho foram os responsáveis pelos gols que deixaram o Brasil em vantagem para o segundo jogo do duelo amistoso.
Por conta da vitória, apertada, a seleção jogará por um empate no dia 3 de outubro, na cidade argentina de Resistência, para ficar com o segundo troféu do confronto - o Brasil venceu o primeiro Superclássico, em 2011.
A julgar pelo duelo desta noite, a seleção de Mano não encontrará facilidade fora de casa, apesar do rival só contar com jogadores que atuam em seu país e no Brasil. Sem Messi e companhia, a Argentina contou com Guiñazu, Barcos e Martínez, autor do primeiro gol da partida.
Sem seus principais craques, que jogam no exterior, a Argentina jogou recuada, apostando nos contra-ataques, diante de uma seleção brasileira com sérias dificuldades na armação. Pouco objetiva, a equipe de Mano, por sua vez, sofreu para furar a zaga adversária e só conseguiu balançar as redes em lances de bola parada.
O JOGO - A opção ofensiva de Mano Menezes, que escalou um trio de ataque formado por Lucas, Neymar e Luis Fabiano, demorou para dar resultados no primeiro amistoso do Superclássico. Apesar do entrosamento entre os jogadores do São Paulo, que cedeu ainda Jadson para formar o meio-campo, o Brasil não conseguia ir além de inúmeras trocas de passe no primeiro tempo.
Sem qualquer sinal de objetividade, a seleção de Mano praticamente não criou chances de gol até os 20 minutos. Nem em jogadas individuais de Neymar foi possível empolgar a torcida goiana presente no Serra Dourada. A posse de bola dos brasileiros, contudo, batia em 70%.
O domínio em campo acabou sendo neutralizado em apenas um lance dos argentinos, que adotavam clara postura defensiva desde o início. O rival estava mais preocupado em marcar os anfitriões até que uma rápida jogada pela esquerda abriu o placar. A boa troca de passes na entrada da área, envolvendo Guiñazu, resultou em finalização certeira de Martínez, bem posicionado, aos 19 minutos.
O gol fez o Brasil acelerar o jogo, principalmente no meio-campo, mas não supriu as carências na armação. Assim, o empate só foi possível graças a um lance de bola parada. Neymar cobrou falta da direita, na área, e Paulinho, em posição de impedimento, escorou de cabeça, aos 25.
O segundo tempo não sofreu maiores mudanças, apesar das entradas de Thiago Neves, Wellington Nem e Leandro Damião no Brasil. A seleção continuou ditando o ritmo da partida, com maior iniciativa, mas com a mesma lentidão na armação, diante do bom posicionamento argentino na defesa.
O primeiro lance de perigo da etapa só aconteceu aos 19. E veio dos pés dos argentinos. Barcos puxou contra-ataque e acionou Martínez, que limpou para chute perigoso de Clemente Rodríguez. Dedé chegou a tempo de evitar a finalização.
O Brasil só respondeu aos 27. Paulinho, novamente em posição irregular, recebeu dentro da área e mandou para as redes. Desta vez, porém, o assistente marcou o impedimento. Em outro lance, Neymar aproveitou sobra dentro da área, mas teve sua finalização bloqueada pela zaga.
Com tanta dificuldade para furar o bloqueio argentino, o Brasil só conseguiu chegar ao segundo gol em novo lance de bola parada. Desábato acertou a mão na bola dentro da área e o árbitro assinalou o pênalti. Na cobrança, Neymar bateu firme no alto e garantiu a vitória brasileira, aos 48 minutos do segundo tempo.
Depois dos dois amistosos com a Argentina, a seleção fará dois jogos em outubro. No dia 11, o Brasil vai enfrentar o Iraque, do técnico brasileiro Zico, na Suécia. Cinco dias depois, o adversário será o Japão, na Polônia.