Coincidência ou não, bastou Paulo Henrique Ganso deixar o time titular para que o São Paulo apresentasse um volume de jogo maior e fosse superior ao Santos no clássico do último domingo. Mas, para Souza, não foi a saída do camisa 10 que melhorou o rendimento, até então bastante criticado.
O volante admite que a equipe teve bom desempenho sem o jogador, mas atribui a melhora à mudança de atitude dos jogadores, que encararam o clássico com atenção desde o início e evitaram as quedas de rendimento que têm caracterizado o São Paulo nesta temporada.
"Não foi melhor sem o Ganso, foi melhor porque os jogadores viram que no clássico os jogadores têm que dar o seu melhor. Contra o Palmeiras foi um pouco apático, desta vez entramos ligados desde os primeiros minutos e o Ganso entraria da mesma maneira. O que mudou o jogo não foi a presença dele ou não, foi a nossa postura", ponderou o jogador.
Ganso perdeu a vaga de titular mesmo sem ter um concorrente direto no elenco - o colombiano Pabón foi improvisado em seu lugar no clássico - e volta a despertar dúvidas sobre seu futuro. Até Muricy Ramalho, tradicional defensor do seu futebol, se cansou da apatia e falta de movimentação nos jogos e reconheceu que precisava intervir.
Para Souza, a presença do camisa 10 muda completamente a forma de jogar da equipe. "A diferença é visível, com o Ganso temos um último passe incrível. Sem ele, ganhamos em velocidade, ele é muito mais técnico e cadenciado. O Muricy saberá a hora de colocá-lo, dá prazer correr para que ele dê esses bons passes, mas é tudo uma circunstância de jogo."
A tendência é que o meia siga no banco para a partida contra o XV de Piracicaba nesta quarta-feira, no Barão de Serra Negra. O São Paulo é o vice-líder do Grupo A, com 15 pontos. O Penapolense lidera, com 18.