Marketing de emboscada pode gerar processo
Nos últimos dias, a Fatal Model 'surfou' na onda da contratação de Pogba e, na última quarta-feira (18), doou R$ 200 mil à vaquinha que visa quitar a dívida do Corinthians com a Caixa.
Neste meio tempo, o site de acompanhantes publicou uma propaganda com a presença de ídolos alvinegros - Marcelinho Carioca, Vampeta e Edilson Capetinha -, reforçando a ideia do patrocínio.
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Na visão de especialistas, esse tipo de campanha, que visa utilizar a imagem de uma instituição para beneficiar uma marca, pode configurar 'marketing de emboscada'. A prática, na maioria das vezes não é vista como ilegal, mas tem base jurídica para processo.
"É passível de processo com base no artigo 186 do Código Civil. Eles estão tendo um enriquecimento ilícito em cima do clube, porque não há nenhum contrato. Eles estão 'surfando' na onda da fiel torcida sem estar pagando por isso, porque, em teoria, R$ 200 mil é uma doação para o estádio, não há pagamento para o clube. Ou seja, eles estão tendo um retorno financeiro sem custo nenhum. De fato, estão usando indevidamente, colando a imagem deles no clube, sem pagar o valor que realmente vale", disse Higor Maffei Bellini, presidente da comissão de direito desportivo da OAB Butantã, ao UOL.
A reportagem entrou em contato com a Fatal Model, mas não recebeu resposta até a publicação. Caso a empresa se manifeste, o texto será atualizado.
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