Enquanto os advogados da Portuguesa vão aproveitar o final de semana para achar argumentos para livrar o time do rebaixamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), cada torcedor tenta ajudar o clube do jeito que pode. Os cardeais já prometeram ir à Justiça comum, em princípio uma sugestão descartada, mas agora são os donos das padarias da capital paulista que prometem boicotar os patrocinadores da CBF caso o Fluminense leve esta disputa no "tapetão".
A Portuguesa foi denunciada por escalar o meia Héverton diante do Grêmio, na última rodada, mas dois dias antes, na sexta-feira, ele tinha sido suspenso por dois jogos e só tinha cumprido a automática.
O presidente do Sindicato das Panificadoras de São Paulo (Sindipan), Antero José Pereira, confirmou que muito de seus filiados estão aderindo ao movimento. Como líder sindical, ele garantiu que não pode embarcar "na onda", mas garantiu que como dono de padaria dará seu apoio.
Embora não possa apoiar publicamente o boicote que é arquitetado por seus filiados, o Sindipan não deixou de declarar seu apoio à Portuguesa. O órgão divulgou uma nota oficial à imprensa confirmando que é a favor da permanência do clube na elite nacional.
Caso aconteça mesmo o boicote, as principais empresas atingidas devem ser do ramo alimentício e de bebidas, que são ligadas diretamente a estabelecimentos como as padarias. A decisão dos padeiros poderiam causar um verdadeiro rebuliço na Grande São Paulo. De acordo com dados do Sindipan, há cerca de 6 mil padarias na região metropolitana de São Paulo, sendo que 70% pertence a portugueses ou descendentes.