O técnico Ney Franco admitiu que se irritou com um pedido feito por Rogério Ceni durante o segundo tempo do empate do São Paulo por 0 a 0 com a LDU de Loja, na noite de quarta-feira, no Estádio do Morumbi, que classificou o time para as quartas de final da Copa Sul-Americana. O treinador explicou que o goleiro pediu a entrada de Cícero, o que o irritou e o levou a avisar que não aceita interferência no seu trabalho.
"Foi um pedido, com nome, para colocar o Cícero, de referência. Eu também achei que precisava de uma referência e coloquei o Willian José. Foi só isso", explicou. "Não aprovo essa atitude. É cada um na sua, fazendo a sua função", completou o treinador, que evitou prolongar seu comentário sobre o assunto.
Ney Franco reconheceu que faltou força ofensiva para superar a LDU de Loja, que atuou retrancada no Morumbi, tentando explorar os erros do São Paulo. "Nosso time trabalhou bem a bola, mas não tivemos força na hora da chegada, do último passe. Fizemos cruzamentos sem muito perigo", disse.
O treinador, porém, ressaltou que o mais importante foi o São Paulo ter alcançado o objetivo de avançar às quartas de final da Sul-Americana. "Passamos para a próxima fase, que era o nosso grande objetivo. Jogos assim colocam o São Paulo como favorito. Entramos com essa proposta e não conseguimos marcar. Não tivemos a competência de criar mais opções de gols", comentou.
Classificado para as quartas de final da Copa Sul-Americana, o São Paulo vai enfrentar o vencedor do duelo entre Universidad de Chile e Emelec. As equipes empataram por 2 a 2 em Santiago e voltam a se enfrentar nesta quinta no Equador.
Depois de avançar na Sul-Americana, o São Paulo volta a se concentrar no Campeonato Brasileiro. Em quarto lugar, com 55 pontos, a equipe entra em campo neste sábado para enfrentar o Sport, no Recife.