O técnico Mano Menezes foi apresentado nesta quarta-feira como novo comandante do Cruzeiro. O treinador que estava na China chega para tentar reerguer um clube que vive uma intensa crise, fruto dos péssimos resultados nesta primeira parte de Campeonato Brasileiro. Por isso, ele sabe que o momento não é de traçar planos ambiciosos, mas sim de fugir das últimas colocações.
"A primeira coisa é sair da situação em que estamos. Se conseguirmos, aí sim poderemos pensar em outras metas. Mas de momento, não podemos acenar com coisas distantes, nossa situação não permite isso. Sou realista e gosto de fazer as coisas passo a passo", declarou.
Mano reassume o Cruzeiro em situação semelhante à que encontrou em sua primeira passagem pelo clube, na reta final do Brasileirão do ano passado. Naquela ocasião, a contratação do treinador deu certo, ele deu novo ânimo à equipe, que embalou bons resultados seguidos e terminou a competição em alta. Agora, a esperança é que a situação se repita.
"Temos algumas diferenças, pelos jogos que observei. O Cruzeiro oscila mais neste ano que no ano passado. Tem momentos muito bons e, depois, fica muito abaixo, dando espaços para os adversários. Temos que encontrar o motivo para isso rapidamente", analisou. "Mas a situação é muito parecida com a do ano passado."
Neste primeiro momento, Mano evitou fazer maiores avaliações do elenco, mas indicou que o clube não deverá fazer novas contratações. "Não vamos fazer nenhuma solicitação de imediato, quero observar o que o time temos em mãos. Não é meu estilo de trabalhar. Respeito muito os jogadores que dirijo e o clube. Qualquer avaliação agora pode ser precipitada."
O treinador também afastou qualquer possibilidade de deixar o clube novamente por uma proposta vantajosa do exterior, como fez ao fim da temporada, quando foi dirigir o Shandong Luneng na China. "Durante os próximos sete anos, estou satisfeito com os milhões que ganhei lá", brincou.