Assim como a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Federação Paulista de Futebol (FPF) também avisou nesta terça-feira que irá recorrer da condenação referente ao processo da Máfia do Apito. De acordo com a decisão da 17.ª Vara Cível de São Paulo, a CBF, o ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho (ex-agente Fifa) e o empresário Nagib Fayad terão de pagar aos cofres públicos R$ 160 milhões.
A FPF, por sua vez, também foi condenada, tendo de arcar com a multa de R$ 20 milhões - mesmo valor da punição ao ex-árbitro Paulo José Danelon, outro envolvido no caso que abalou o futebol do País em 2005.
O pagamento dos R$ 160 milhões seria dividido entre os réus e caso um dos envolvidos não pudesse arcar com a multa, os outros deveriam cobri-lo. Além desta dívida, a CBF teria de desembolsar outros R$ 6,8 milhões por ter adotado, segundo a Justiça, postura de má fé durante todo o processo. Todas essas decisões ocorreram em primeira instância.
O CASO - A Máfia do Apito é um processo que diz respeito à acusação de manipulação de resultados no futebol brasileiro em 2005, quando onze partidas do Campeonato Brasileiro tiveram de ser anuladas por conta do escândalo. Na época, o juiz Edílson Pereira de Carvalho havia admitido que recebeu propina de empresários de São Paulo e Piracicaba para intervir no resultado do jogo de modo a favorecê-los em apostas da loteria esportiva, realizadas pela internet. Danelon é acusado de ter manipulado jogos do Paulistão.