O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) criticou a falta de provas concretas do presidente da SAF (Sociedade Anônima de Futebol) do Botafogo, John Textor, sobre as acusações de manipulações a partidas de futebol. O empresário foi ouvido pela CPI das Apostas Esportivas e prometeu comprovar fraudes nos jogos.
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Kajuru disse que o empresário teria prometido, anteriormente, provas contundentes e que permitiria que o senador divulgasse o conteúdo à imprensa. No entanto, Textor voltou atrás e enviou as provas à Comissão sem autorizar o compartilhamento das informações.
"Lamento que ele tenha tido essa atitude. E, por fim, quanto aos dois minutos de fama que ele falou que eu tive, eu queria dizer a ele que eu não tenho dois minutos de fama, eu tenho 50 anos de fama de carreira nacional na televisão brasileira", disse o senador.
"Se ele não provar absolutamente nada, ele tem que ser banido do futebol e expulso do país por toda a bagunça que está criando", afirmou.
As falas de Kajuru foram feitas durante sessão desta quinta-feira (6) da CPI das Apostas, no Senado. A comissão ouvia os depoimentos de Hélio Santos Menezes Junior, diretor de Governança e Conformidade da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), e Wilson Luiz Seneme, da comissão de arbitragem, também da confederação.
O posicionamento é o mesmo manifestado na quarta-feira (5) pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira, durante seu depoimento à CPI. Em suas falas, ela reforçou a confiança nos árbitros e também afirmou que o CEO deveria ser banido do futebol.
Até o momento, a CPI já recolheu os depoimentos de John Textor, de Glauber do Amaral Cunha, árbitro suspeito de manipular resultados, e de Leila Pereira.
FALA MACHISTA
Uma polêmica tomou conta da sessão da CPI das Apostas, nesta quarta. Kajuru afirmou que mulheres vão a jogos de futebol e perguntam "quem é a bola".
A declaração machista foi feita ao dar a palavra para a senadora Margareth Buzetti (PSD-MT). "Representando as mulheres, ela que gosta de futebol. Normalmente mulher vai ao estádio e pergunta quem é a bola. Não é o seu caso", disse o presidente da comissão.
"Kajuru, hoje tem presidente de clube mulher", respondeu Leila. Em apoio, parlamentares comentaram "já foi assim, senador".