Futebol

LEC decepciona e está fora da Série C

03 out 2005 às 09:10

O dia ontem estava bonito, o gramado do VGD recém-aparado e a torcida fez a sua parte, comparecendo em peso para empurrar o Londrina para uma vitória contra o Ceilândia, pela Série C do Campeonato Brasileiro. Mas, definitivamente, ontem não era o dia do Londrina.

A bola, teimosa, lance após lance, dava sinais claros de que não entraria no gol do time do Distrito Federal um problema sério para o LEC, que precisava fazer no mínimo três para levar a decisão aos pênaltis.


Aconteceu o contrário, o que ninguém queria ver: o temido gol do Ceilândia fora de casa, que obrigaria o Tubarão a fazer cinco para se classificar. Mas diante da muralha que foi a defesa do time candango e das bolas salvas quase em cima da linha, o milagre não tinha mesmo como acontecer e a torcida saiu do VGD ''chupando o dedo'', sem ver um golzinho sequer do Alviceleste. Ao final, protestos e xingamentos contra o técnico Roberto Fonseca.


Logo que a bola rolou, o Tubarão partiu para o ataque, tentando fazer uma ''blitz'' para cima do organizado Ceilândia. Nos primeiros dez minutos o centroavante Fabinho criou duas boas chances de marcar, mas não teve sorte.


O Ceilândia, surpreendente, não jogava fechado e passou a levar sufoco à área do LEC em três bolas perigosas. Era um prenúncio de que o Tubarão não conseguiria ficar sem sofrer o fatídico gol. Restou ao time atacar com ímpeto e pressa, mas a falta de qualidade atrapalhava as finalizações. Na chance mais clara de gol, aos 35, o meia Tales, cara a cara com o goleiro, perdeu gol feito.


No segundo tempo, aos 5 minutos, o goleiro João Carlos, do Ceilândia, operou um milagre ao espalmar chute à queima-roupa de Renatinho, dentro da pequena área. Como o Londrina não mostrava competência em balançar a rede, o adversário resolveu mostrar. Aos 6, o zagueiro Cesco foi enganado pelo quique da bola, deu uma furada feia e a bola sobrou livre para o veloz Paulo Santos abrir o placar para os visitantes. Uma ducha de água fria e desânimo geral nas arquibancadas.


O gol balançou o time do Londrina, que passou a atacar de forma desorganizada e, somente na base da pressão, não conseguia vencer a segura defesa do Ceilândia, que tirava todas as bolas pelo alto. Bem postado em campo, o time não dava espaço ao Londrina, que criava chances somente com Renatinho, o único que se apresentava para o jogo e que atuou com personalidade. Na base do abafa, dos cruzamentos e no bate-rebate, o Londrina teve mais três chances claras de gol, com Jonatas, Bruno e Alex Paulista, mas a bola insistiu em não entrar. Derrota melancólica no VGD.


EM LONDRINA


Londrina 0
Serginho; Murilo, Alex, Cesco e Tita; Carlão, Goiano (Jonatas), Tales (Jajá) e Renatinho; Fabinho (Alex Paulista) e Bruno. Técnico: Roberto Fonseca


Ceilândia 1


João Carlos; Dinho, Adriano, Humberto e Fábio Vidal; Tião, Rincón, Leandro Leite e Fabinho (Lucas); Paulo Santos (Cassius) e Abimael (Nenê). Técnico: Paulo Comelli


Árbitro: Manoel Paixão dos Santos (MS)

Estádio: VGD
Renda: R$ 15.930,00
Público: 3.130 (2.612 pagantes)
Gol: Paulo Santos aos 6 minutos do 2º tempo


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