No Flamengo é assim. Clima turbulento até quando a equipe vai bem dentro de campo. Por isso, o técnico Andrade refuta qualquer possibilidade de crise no elenco, com as controvérsias cercando Adriano, e está confiante para a partida desta quarta-feira contra o Caracas, às 21h50 (de Brasília), no estádio Olímpico, na capital da Venezuela.
"Perdemos um jogo no ano (para o Botafogo) e mesmo assim jogando melhor. Querem empurrar para o Flamengo uma crise que não existe", comentou o técnico, antes do embarque para Caracas, que tem bons números a validar suas palavras.
Desde que retornou ao clube e fez sua reestreia, em 31 de maio do ano passado, Adriano desfalcou o time em 13 oportunidades, muitas delas por opção do treinador. Quando isso aconteceu, o Flamengo nunca perdeu: são nove vitórias e quatro empates, aproveitamento de 79%. Mas esta será a quarta partida consecutiva sem o Imperador, maior período de ausência do atacante.
Sem Adriano, uma vaga abriu-se no setor ofensivo, que tanto pode ser no ataque ou no meio de campo. Com Vágner Love disponível, apesar de uma pancada na coxa esquerda, a questão fica sendo seu parceiro. Andrade não antecipou se vai adiantar Vinícius Pacheco e lançar Petkovic entre os titulares ou manter Pacheco no meio, com Bruno Mezenga no ataque. "Ontem (segunda) não tive o Vágner Love (poupado) no treino. Ainda vou pensar", comentou o técnico sobre as opções.
Quem está de volta é o meia Kléberson, que voltou da seleção assim como Adriano, mas não se meteu em confusão e está bem preparado. Como Willians cumpre suspensão contra os venezuelanos - depois da expulsão contra o Universidad Católica - Andrade não terá que pensar em quem sai.