Sem o técnico Fernandão e temendo os protestos da torcida, o Internacional não passou pelo saguão do Aeroporto Internacional Salgado Filho ao chegar em Porto Alegre, neste domingo, um dia depois da derrota por 3 a 1 para o lanterna Atlético-GO, no Serra Dourada, em Goiânia. Os jogadores pegaram o ônibus do clube ainda dentro da pista do aeroporto e, assim, driblaram os poucos torcedores que protestavam.
O treinador não viajou com o restante da delegação. Como é natural de Goiânia, permaneceu por lá, onde curtirá a folga deste domingo, se juntando ao grupo na reapresentação de segunda-feira. Fernandão, porém, está garantido no cargo.
De acordo com o vice-presidente de futebol do Inter, Luciano Davi, o treinador chegou a colocar o seu cargo à disposição, chateado com a derrota de virada, mas a diretoria colorada recusou. Em entrevista à imprensa gaúcha, Davi usou como argumento para manter Fernandão a proximidade do fim do Campeonato Brasileiro.
"Estamos a oito rodadas do final do Brasileirão. Não é hora de mexer nisso. Falei isso para ele, mas mesmo assim o Fernandão colocou o cargo à disposição. Na mesma hora, eu neguei. Não é hora de fazer choque", avaliou o vice-presidente colorado, que confirmou que Fernandão assume o Inter "sem problemas" na segunda-feira. "Não existe a menor possibilidade de o Fernandão sair. Acho que ele tem condições, sim, de tirar algo mais desse grupo."
Na próxima rodada, quarta, o Inter recebe o Figueirense, vice-lanterna do Brasileirão. Depois, a equipe colorada visita o Vasco, concorrente pelo G4. O time tem 45 pontos, em sexto.