Futebol

Crise: Palmeiras triplicou número de seguranças

06 nov 2012 às 12:38

O gerente de futebol do Palmeiras, César Sampaio, confirmou nesta terça-feira, durante evento de lançamento da bola do Paulistão de 2013, que o clube triplicou o seu efetivo de segurança em meio a este momento tenso vivido pela equipe. Os últimos episódios envolvendo torcedores palmeirenses, revoltados com a situação do time na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, fizeram o temor por atos violentos aumentar e o dirigente não esconde a sua preocupação com a integridade física do elenco de jogadores.

Ex-jogador consagrado do Palmeiras, Sampaio disse que a preocupação com a segurança ficou maior após a partida contra o Náutico, no último 14 de outubro, em Recife, onde torcedores chegaram a invadir o hotel no qual a equipe se hospedou. "Antigamente viajávamos com quatro seguranças, mas agora estamos com bem mais, praticamente triplicamos, pois tememos pela nossa integridade física e pela dos jogadores. E tudo isso aliado ao efetivo policial local", afirmou o dirigente.


Sampaio também ressaltou que a diretoria do clube tem aconselhado os jogadores a evitarem baladas ou lugares de maior movimentação de pessoas, tendo em vista o risco de atitudes violentas por parte de torcedores. "Pedimos a todos para não ficarem em locais públicos em determinados horários, principalmente à noite, para evitarem casas noturnas, pois o jogador tem que saber ser inteligente neste momento difícil. Eu aconselho, mas não vou ficar atrás de cada um. A gente pede para eles se resguardarem. Eu, por exemplo, só vou de casa para o treino e do treino para casa", acrescentou.


No último domingo, em Araraquara (SP), alguns torcedores palmeirenses ficaram revoltados com o empate por 2 a 2 com o Botafogo e tentaram invadir o campo do Estádio Arena da Fonte Luminosa, onde também entraram em conflito com os policiais. Ao comentar os recentes episódios, Sampaio exibiu decepção com a postura dos torcedores, mas disse que entende a indignação dos mesmos com a fase ruim do time.


"Desde o início do segundo turno, a gente iniciou sob pressão. Temos respeitado os protesto da torcida, mas não temos acatado a todos. Sou explicitamente contra qualquer tipo de violência porque daí seria ''Palmeiras contra Palmeiras''. E se tiver de ficar digladiando e gastando forças, a reação vai ficar mais difícil", alertou.


Sampaio falou sobre a preocupação com a segurança dos jogadores e disse que a principal receita para inibir possíveis novos atos de violência da torcida será derrotar o líder Fluminense, no próximo domingo, às 17 horas, em Presidente Prudente (SP), pela 35.ª rodada do Brasileirão.

"No momento em que a gente está, a maior segurança que a gente teria hoje seriam os três pontos contra o Fluminense. Se ganharmos o jogo, vamos ganhar moral para as outras três finais que teremos pela frente (os jogos contra Flamengo, Atlético-GO e Santos)", enfatizou.


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