Em busca de um melhor futebol após a derrocada na Copa do Mundo da Rússia, a seleção brasileira se despede de 2018 contra Camarões, em amistoso nesta terça-feira, às 17h30 (de Brasília), no MK Stadium, localizado na modesta Milton Keynes, cidade próxima à capital Londres.
Será a sexta vez em que as duas seleções se enfrentam. O Brasil saiu vencedor em quatro oportunidades, conquistou um empate e foi derrotado apenas uma vez. No último confronto, válido pela primeira fase da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, a equipe brasileira, comandada à época por Felipão, goleou os africanos por 4 a 1.
Será o quinto amistoso da seleção depois do Mundial da Rússia. De adversário relevante, os comandados de Tite enfrentaram apenas a Argentina e Uruguai, ambos derrotados por 1 a 0. Os demais oponentes foram os Estados Unidos (vitória por 2 a 0), El Salvador (5 a 0) e Arábia Saudita (2 a 0).
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Tite não fugiu de seu estilo habitual e, apesar de não se tratar de um duelo de peso, não abriu a escalação. No entanto, adiantou algumas mudanças, como as entradas do goleiro Ederson, do zagueiro Pablo e do lateral-esquerdo Alex Sandro, além da manutenção de Firmino. Além disso, Tite descartou preservar Neymar.
O grande ponto de interrogação mora no meio de campo. Allan, Walace, Paulinho, Arthur e Rafinha, além de Fabinho, lateral-direito que também atua no setor, são as opções do treinador, que lamentou as ausências de Coutinho e Paquetá e falou sobre as peças responsáveis pela construção das jogadas.
"Os números do jogo contra o Uruguai e nossa sequência mostram que dificuldade nossa? O processo de criação, que é o mais difícil", avaliou, na coletiva concedida na véspera do duelo. "O desempenho dentro de jogo vai oscilar porque a base não está toda montada, algumas peças do meio têm feito falta a mais, o Coutinho, o Paquetá, que são jogadores que a gente sente mais na criação e chegada na frente", emendou o técnico.
A grande estrela da seleção camaronense ficará à beira do gramado. Depois de uma carreira brilhante como jogador, e de comandar o Milan, da Itália, o Shenzhen, da China, e o Deportivo La Coruña, da Espanha, o holandês Clarence Seedorf, conhecido no Brasil intimamente pelo torcedor do Botafogo, onde atuou de 2012 a 2014, assumiu a seleção de Camarões.
Seedorf garante que o time africano não se limitará a se defender e disse que seus atletas terão coragem para atacar o Brasil no amistoso que o treinador considera o mais importante antes da Copa Africana de 2019, da qual Camarões será o país-sede.
"Vamos nos defender sem a bola e ser ofensivos com a bola. Isso é futebol, não podemos pensar em ficar atrás. Temos de ter coragem. Não precisamos falar da importância e história do futebol brasileiro, mas para nós é uma oportunidade de crescer. Nosso time sempre vai ter coragem, não ficaremos com a bunda no nosso gol", prometeu.
Os atacantes Karl Ekambi, do Villarreal, da Espanha, e Eric-Maxim Choupo-Moting, companheiro de Neymar no Paris Saint-Germain, são os destaques de Camarões, que vem de derrota para Marrocos em duelo das Eliminatórias para a Copa Africana.