Futebol

Barcos relata discussão e pressão de gremistas na Arena

02 mai 2014 às 13:37

O clima ficou quente após a eliminação do Grêmio na Copa Libertadores da América. Ainda na Arena, torcedores do Grêmio agrediram verbalmente o centroavante Barcos e cercaram seu carro no estacionamento do estádio gremista, com batidas no veículo. A revelação foi feita pelo camisa 9 argentino, que admitiu que em certo momento rebateu as críticas e pediu respeito aos gremistas no momento difícil. Depois de errar o pênalti que abriu a série contra o San Lorenzo, o Pirata não conseguiu dormir.

O enfrentamento entre a torcida e o capitão da equipe aconteceu no estacionamento da Arena. Segundo Barcos, ele estava com a filha no colo e se dirigia ao seu carro quando foi xingado e cobrado pelos torcedores. Sem rebater, entrou em seu veículo. Só que o grupo de cerca de cinco gremistas foi cercado e passou a bater no carro do Pirata. Foi quando o argentino contestou a atitude dos tricolores. No dia do jogo, o L!Net testemunhou um grupo de torcedores no estacionamento. No local, cerca de 10 seguranças do clube estavam presentes. Barcos já havia deixado a Arena.


Após o jogo, com os seus familiares, em casa, Barcos repassou cada lance do jogo. Debatia com o irmão Gustavo Barcos o que poderia ter feito diferente no jogo e no momento da cobrança. Foi dormir só no final da madrugada, por volta das cinco da manhã.


- Em primeiro momento saí do jogo e a crítica eu aceito. Sempre aceitei, nunca falei nada para ninguém. Mas estava com minha filha no colo e quatro ou cinco falando. Fiquei quieto e peguei o carro, saí. Continuava, mais agressivo, cada vez mais. Aí contestei e aí ficou. bateram no carro e fui para casa. Tem que aprender a respeitar. Foi muito difícil dormir, fui pelas cinco horas da manhã. Fiquei com minha família, meu irmão estava aí, falamos do jogo e do que aconteceu. Começa a voltar tudo e o que poderia ter feito - lembrou Barcos.


O argentino afirma que entende as críticas dos torcedores. Mas que não irá deixar o clube por conta de pressão da torcida. O Pirata foi colocado como um dos culpados pela eliminação na Libertadores, já que perdeu algumas chances durante a partida e, principalmente, o primeiro pênalti da série gremista.


- Seria o ideal (apoio sempre), ou pelo menos que analise tudo antes de criticar e falar um coisa ou outra. É passional e é entendível. Vai xingar quando perder e aplaudir quando ganhar. Eles falam hoje que tem que embora, que o Barcos tem que ir embora. Mas o torcedor não manda no clube. Se torcedor me mandar embora de um clube, eu largo o futebol. Se o presidente pedir, eu vou embora. Dou o melhor e vou embora. Mas não a torcida - relatou.

O Tricolor viaja para São Paulo na tarde desta sexta-feira, onde enfrentará o Santos neste sábado, às 18h30, no Pacaembu. O clube gaúcho tenta superar as dificuldades e vencer no Brasileirão, após a recuperação contra o Atlético-MG, na última rodada, com os reservas.


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