Para o corintiano, a lembrança recente de um jogo decisivo com o Palmeiras é a semifinal do Campeonato Paulista, vencida nos pênaltis. Em 2003, o Alvinegro também levou a melhor na busca por vaga na final estadual, com um empate e um triunfo. A história, porém, mostra que o arquirrival costuma complicar a vida da equipe. O presidente Andrés Sanchez sabe bem disso e mandou uma ordem ao grupo: não deixar a decisão para o clássico da última rodada.
Andrés espera que a taça de campeão brasileiro saia até o compromisso com o Figueirense. Ou seja, o time tem cinco rodadas para abrir ao menos quatro pontos dos principais concorrentes ao título - hoje tem os mesmos 58 do Vasco e três a mais do que o Botafogo.
Complicar o Corinthians virou a missão alviverde e o pesadelo para Andrés. "Meus jogadores não vão fazer isso comigo, deixar eu queimar três maços de cigarro. Ganhar o título contra o Palmeiras seria com gostinho especial, mas não quero correr o risco. Clássico é clássico, eles ganham o ano e eu perco o ano", afirmou. "O Palmeiras é o grande rival do Corinthians, apesar de estar um pouco perdido. Nasci corintiano, me criei corintiano e sempre tive o sonho de ganhar deles. Tomara que no último jogo possamos vencer, mas nada de deixar para decidir no fim."
O dirigente tem razão. No 1.º turno sua equipe perdeu por 2 a 1 e quase deixou escapar a liderança. Na história, os "inimigos" já atrapalharam bastante, com duas eliminações na Libertadores.
Apesar de sonhar com o título antecipado, o presidente foi irônico ao falar das chances de sua equipe e não a colocou como favorita. "O Corinthians continua sendo a zebra. Tem jornalista dizendo que o Corinthians é um time medíocre. Tem Vasco, Botafogo com belo elenco, o Inter é o melhor do Brasil, o Flamengo está vivo... Se ganhar, será por sorte e competência dos atletas."