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Com Otaviano Costa, Extreme Makeover chega ao Brasil com desafio de reformar casas em 10 dias

Fernanda Pereira Neves - Folhapress
10 mar 2020 às 10:38
- Reprodução/Instagram
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Imagine usar um balde d'água toda vez que for ao banheiro? Ou tomar um choque ao encostar nas paredes de casa? Ou manter suas roupas numa mala, por falta de armário? Essas são algumas das histórias que o apresentador Otaviano Costa, 46, vai contar, e talvez mudar, no Extreme Makeover Brasil, que estreia nesta terça (10), na GNT.

O reality segue a mesma fórmula do programa original, gravado nos Estados Unidos de 2003 a 2012 e veiculado no Brasil pelo canal Discovery Home e Health. Agora, no entanto, ele vai mostrar a realidade brasileira, com o desafio de transformar as casas e as famílias que moram nelas, apesar do apertado prazo de dez dias para a reforma.

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"Diferentemente do original, que tem casas feitas de drywall, a gente está falando de alvenaria brasileira, casas de 40, 50 anos, então a gente tem um desafio triplicado. Casas sem projetos, com paredes com hidráulica, elétrica, um monte de coisa que não sabemos. Isso deixa esses dez dias aterrorizantes", afirma o apresentador.

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Otaviano conta que recebeu o convite para entrar no projeto no ano passado e que participou de todas as etapas dessa primeira temporada, inclusive da seleção das casas que passariam pela transformação. Para ele, o objetivo era juntar famílias inspiradoras, com histórias emocionantes e casas que realmente precisassem ser adequadas.

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A partir daí, a equipe fez visitas para conhecer as famílias e entender as suas histórias, mas a decisão se estariam ou não no programa é sempre uma surpresa, assim como o projeto da casa, que o arquiteto Duda Porto -que fez a casa e o estúdio de Otaviano- tinha que desenvolver em apenas sete dias e sem conhecê-la em detalhes.


"A gente não sabe se ali tem um pilar, uma coluna, uma viga. Só depois que a gente faz a surpresa para a família, a Bruna [Arruda, engenheira] entra lá com o Duda e eles verificam todo esse universo de possibilidades ou impossibilidades", conta Otaviano.

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Segundo Arruda, além de verificar a viabilidade do projeto, muitos outros detalhes são descobertos apenas depois da seleção da casa, como infiltrações, problemas hidráulicos, elétricos. "Aconteceu duas vezes já, de ter um pilar onde, no projeto de Duda, não estava previsto", conta ela.


A documentação da casa é importante na hora de escolher os imóveis que serão reformados. De acordo com o apresentador, algumas residências acabaram sendo excluídas por terem irregularidades com prefeitura ou por questões de herança. O imóvel também tem que ser próprio, segundo os produtores do reality.

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Nesta primeira temporada, foram selecionadas dez famílias, todas da Grande SP. De acordo com Otaviano, um "ambiente mais seguro para operação e logística". Para ele, "é um test drive para testar tropicalização do Extreme Makeover, que pode seguir, sim, para outros estados e cidades. No momento, estão em andamento as reformas das casas 7 e 8.


Pitaco e poeira

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Segundo a equipe, uma das maiores preocupações é entregar à família exatamente o que ela quer e o que ela precisa, apesar do pouco tempo que eles têm juntos, já que os proprietários não acompanham a reforma. Por conta disso, a equipe pede por pitacos ainda na seleção para entender estilo e cores preferidos.


"Mas é engraçado, como eles já têm a expectativa de participar do programa, você percebe que eles vão elaborando coisas que eles querem. A casa sete, por exemplo, todas as vezes que a gente ia filmar os ambientes, o dono já tinha o projeto na cabeça: 'aqui eu gostaria de fazer assim'", conta o designer de interiores Diogo Oliveira.

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Por conta da expectativa, Duda Porto afirma que nem consegue olhar para casa na hora da apresentação, ele prefere observar a família. "Aquele momento é a resposta se a gente conseguiu surpreender, se conseguiu atingir as expectativas. E até hoje todas as entregas foram muito emotivas, as pessoas olham e não acreditam."


A reforma em si, porém, as famílias verão apenas no programa. Segundo Otaviano, uma quebradeira que parece o filme "Apocalipse Now" (1979). "É equipe de um lado com três câmeras, um cara passando com cimento na frente, barulho da furadeira, pessoal do áudio, tudo no meio daquela quebradeira e muita poeira."

Nem a vizinhança escapa. "Tem trânsito, o ônibus da linha 5141 que passa a cada cinco minutos e para a rua, bloqueio da CET... a gente mexe um pouco com o organismo do bairro", conta o apresentador. "Quando fica demais a gente faz o Otaviano ir pedir desculpas de porta em porta", brinca Oliveira.


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