Educação

Universitários de medicina simulam masturbação coletiva em jogo de vôlei feminino

18 set 2023 às 17:48

Alunos do curso de medicina da Unisa (Universidade Santo Amaro), em São Paulo, provocaram revolta ao correrem de calças arriadas e e simularem masturbação durante uma partida de vôlei feminino. As imagens teriam sido registradas entre abril e maio de 2023, em um torneio desportivo universitário em São Carlos (SP), mas só agora vieram à tona.


Os vídeos viralizaram no último domingo (17) em um vídeo reproduzido do perfil do Instagram @am.morelli - que estava desativado às 17h44 desta segunda-feira (18) - e provocaram revolta e pedidos de retratação por parte da entidade.


Na ocasião, a Atlética do curso de medicina do Centro Universitário São Camilo disputava o torneio CaloMed, entre 28 de abril e 1º de maio. Após as atletas de vôlei serem derrotadas pelo time da Unisa, “alunos daquela Universidade, tendo saído vitoriosos, segundo relatos coletados, comemoraram correndo desnudos pela quadra”, afirma a assessoria de imprensa do Centro Universitário. Naquele momento, não foi registrada nenhuma denúncia por parte das alunas referente à importunação sexual, informa a nota oficial.


O órgão de comunicação da instituição de ensino ainda manifestou “solidariedade e apoio às suas alunas e repudia quaisquer atos que possam atentar contra as mulheres e a dignidade humana”.


A reportagem não conseguiu contato com a assessoria de imprensa da Unisa, que também não havia se manifestado por meio de suas redes sociais até as 17h30 desta segunda-feira (18).


Repercussão nas redes


A divulgação das imagens provocou reações de instituições e de personalidades nas redes sociais. Um dos que cobrou um posicionamento da instituição é o influenciador digital Felipe Neto, em sua conta de mais de 16 milhões de seguidores no X (antigo Twitter), que cobrou providências em uma publicação que reproduz o vídeo em questão.



A deputada federal do Parnaá e presidente nacional do PT, Glerisi Hoffmann, também lamentou a cena, que classificou como "expressão máxima do machismo e misoginia".



A UNE (União Nacional dos Estudantes), na mesma rede social, classificou a atitude dos universitários como “absurda” e cobrou a responsabilização pelos atos para que episódios semelhantes não se repitam.



O Ministério das Mulheres também cobrou os “rigores da lei” em relação às atitudes dos universitários que abaixaram suas calças durante uma partida esportiva feminina. “Em parceria com o @min_educacao, o Ministério das Mulheres reforça seu compromisso de enfrentar essas práticas que limitam ou impossibilitam a participação das estudantes como cidadãs”, continuou no X.


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