O campus de Goierê da UEM (Universidade Estadual de Maringá) terá uma nova graduação, em Física Médica. O anúncio foi feito na quinta-feira passada (30), pelo superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), Aldo Bona, em um evento da universidade.
O curso, que foi aprovado no fim de 2019, terá 40 vagas e duração de 4 anos, com aulas nos períodos vespertino e noturno. A previsão é de que estudantes possam se candidatar a ele já no próximo vestibular.
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O processo de estudo para implantação do novo curso teve início há um ano, quando professores da UEM e sociedade civil organizada de Goioerê reuniram-se para estudar a viabilização da graduação. "Estamos colhendo o fruto daquela reunião, fazendo a junção da física com a medicina, fortalecendo ainda mais o ensino regional. Foi também pela implantação do curso de Física Médica que conseguimos trazer para a cidade a UTI da Santa Casa”, lembra Roberto dos Reis Lima, prefeito de Goioerê.
O Curso de Física Médica
Hoje, no Brasil, existem 18 cursos de Física Médica, sendo 6 em São Paulo, 4 no Rio Grande do Sul, 2 no Rio de Janeiro, 2 em Minas Gerais, 1 em Brasília, 1 em Goiânia e 1 no Sergipe. O primeiro curso do Paraná é o ofertado pela UEM de Goioerê.
Os dois primeiros anos de curso compõem as disciplinas de Física e Cálculo. Química, Biologia e Ciências Humanas somam mais 6 meses. As disciplinas específicas de Física Médica somam mais 1 ano e, por fim, o estágio supervisionado no hospital, com a duração de 6 meses.
Como explica o professor Ronaldo Celso Viscovini, o curso forma físicos para trabalhar interagindo com a medicina: "O Físico Médico pode trabalhar com radioterapia, ele planeja a dose e o local de aplicação para que essa aplicação seja mais segura e eficiente possível; medicina nuclear, quando são aplicados isótopos diretamente no paciente, um exemplo é a iodoterapia. Além de fazer o planejamento do tratamento, ele também faz a parte de preparação dos compostos radioativos que serão usados no tratamento; podendo atuar também no diagnóstico por imagem, tanto no controle de qualidade, no treinamento de operadores e em uso de equipamentos de altíssima tecnologia para ter o máximo de aproveitamento do equipamento; e por fim, está a frente das novas fronteiras da medicina em áreas como o laser médico, a robótica, e também ondas Terahertz, que são o futuro do diagnostico por imagens”.