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Pelo sexto ano consecutivo

Universidade de Maringá lidera ranking de produção científica feminina no Brasil

Reportagem Local
21 nov 2024 às 17:15

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- Rosângela Bergamasco/Divulgação UEM
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Pelo sexto ano consecutivo, a UEM (Universidade Estadual de Maringá) ocupa o primeiro lugar no Brasil em produção científica liderada por mulheres, consolidando-se também entre as 20 melhores instituições do País no indicador de impacto científico, com posições que variam entre o 18º e o 20º lugar. Os dados são do Leiden Ranking, elaborado desde 2011 pelo CWTS (Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia) da Universidade de Leiden, na Holanda. Desde que o CWTS introduziu o indicador de gênero na classificação, em 2019, a UEM lidera o ranking brasileiro na proporção de autorias femininas em comparação às masculinas.


Na edição 2024 do Leiden Ranking, outro destaque é que a UEM é a 19ª universidade com maior produção científica feminina no mundo entre as 1.506 universidades analisadas no período de 2019 a 2022. Com 53,3% de pesquisadoras, mesmo percentual do ano passado, a UEM mantém, há seis anos consecutivos, a liderança entre as universidades das Américas e do Hemisfério Sul, posição que também se repete há seis anos consecutivos.

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Em relação ao indicador de impacto científico 2024, a UEM é a 20ª colocada entre as instituições brasileiras, sendo a quarta universidade estadual bem posicionada, perdendo apenas para a USP (Universidade de São Paulo), a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que estão respectivamente em 1º, 2º e 3º lugar. Todas as demais no top 20 são universidades federais. Em relação às universidades da América do Sul, a UEM está em 25ª posição, mantendo-se como a quarta estadual bem posicionada, assim como USP, Unesp e Unicamp na mesma posição.

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Ainda no indicador de impacto científico, a UEM destaca-se como a 1ª universidade estadual do Paraná ranqueada, ocupando a 834ª posição no ranking global. A instituição supera outras públicas brasileiras, como a UEL (Universidade Estadual de Londrina), que está na 1.070ª posição, a UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), 948ª, a Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), 950ª, e a UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), 1.009ª.

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Além de gênero e impacto científico, o CWTS analisa outros dois parâmetros: colaborações (artigos em parceria com outras instituições); e acesso aberto (proporção de artigos livres em relação aos restritos). Nestes quesitos, a UEM está na 27ª posição no Brasil, na 36ª da América do Sul e na 994ª colocação mundial.


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'NÃO TENHAM MEDO'


Com mais de 30 anos de experiência em Engenharia Sanitária e Química, a professora do DEQ (Departamento de Engenharia Química) da UEM, Rosângela Bergamasco, observa um crescimento na presença feminina na pesquisa científica. Ela atribui que esse avanço feminino se deu devido ao aumento de editais do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da Fundação Araucária, que destinam um percentual específico para projetos conduzidos por mulheres. “Estes editais têm incentivado cada vez mais nós, pesquisadoras, a atuarmos na ciência, garantindo nosso espaço.”

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O CNPq também vai passar a premiar pesquisadoras pelo valor de seu trabalho científico a partir do próximo ano. No início deste mês, o Conselho lançou o Prêmio Mulheres e Ciência, em que investirá cerca de R$ 500 mil em prêmios. As inscrições estão abertas até 6 de janeiro de 2025.


Bergamasco acredita que, se houvesse uma carreira estruturada para pesquisadores, haveria mais estímulo para que os estudantes ingressassem na pesquisa. “Enquanto não é uma profissão no Brasil, a maioria acumula as funções de professora e pesquisadora.”

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“Por sermos mais observadoras, mais detalhistas, enxergamos coisas minuciosas, habilidade importante para a pesquisa científica. Esta é uma característica das mulheres. Temos este diferencial e habilidades para atuarmos em qualquer emprego. Para as mulheres que estão iniciando suas carreiras, aconselho que não tenham medo, pois hoje está mais fácil, os desafios são grandes em qualquer profissão, mas as condições hoje são bem melhores", concluiu Bergamasco, lembrando que quando começou a fazer o curso, apenas 20% de sua turma eram mulheres. 


(Com informações da UEM)


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