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Professores e servidores da UEL aprovam paralisação no dia 11 na UEL

05 abr 2023 às 18:03

Os professores da UEL (Universidade Estadual de Londrina) aprovaram a paralisação das atividades acadêmicas na próxima terça-feira, dia 11 de abril. A decisão foi votada em uma assembleia na tarde desta quarta-feira (5) no anfiteatro do Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH).


Segundo informações do Sindiprol/Aduel (Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região) a categoria está indignada com o anúncio da reposição salarial de 5,79% feito pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), na última sexta-feira (31). De acordo com o Sindiprol/Aduel, o valor está muito abaixo da defasagem salarial, estimada em 42%.


Ronaldo Gaspar, presidente do Sindiprol/Aduel, seção sindical que representa docentes da UEL e da Uenp (Universidade Estadual do Norte do Paraná), explica que a assembleia foi motivada pela indignação dos docentes das universidades do Paraná com o índice anunciado pelo governo do Estado. “Foi apresentada uma reposição salarial de 5,79% para agosto, sendo que a nossa data base é em maio”, ressalta. Segundo ele, a reivindicação vale tanto para o percentual quanto pela data de implementação.


O presidente ressalta que mais de 100 docentes votaram, por unanimidade, para a paralisação das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Segundo ele, a paralisação é exclusivamente das atividades acadêmicas, portanto, os serviços de atendimento à comunidade devem seguir normalmente.


No dia 11 de abril, a partir das 9h, Gaspar explica que será realizado um ato no anfiteatro do CLCH para “congregar a comunidade na luta”. Além disso, segundo ele, na data, também serão definidos docentes de cada centro da UEL para representar a categoria em um conselho de base.


“A nossa reivindicação é pelos 42% de perda salarial ao longo de sete anos. É uma defasagem que vem desde janeiro de 2016”, ressalta. Ronaldo Gaspar também frisa que a reivindicação, além de justa, “é plenamente consonante com a disponibilidade orçamentária do Estado”. “Se o Estado não dá a reposição é porque há uma política de depreciação salarial dos funcionários públicos”, finaliza.


SERVIDORES


Por meio de um comunicado, o Sindicato dos Servidores das Universidades Estaduais do Paraná também manifestou seu descontentamento à proposta, dizendo que “a drástica perda salarial que já ultrapassa os 42% não pode ser amenizada por uma reposição de 5,79%”. A nota afirma que, mais uma vez, os servidores estaduais do Paraná “são desrespeitados em seus direitos, sofrendo evidente desvalorização de seus salários”.


SETI


A reportagem entrou em contato com a Seti (Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná) nesta quarta-feira, após a decisão sobre a paralisação ter sido divulgada, que ressaltou que o posicionamento se mantém. A nota diz que a Secretaria “vem discutido com lideranças e sindicatos unificados que representam professores e funcionários e dos sindicatos de representação dos docentes as pautas que envolvem as categorias”. Sobre a reposição salarial, a Secretaria afirma que “a questão está sendo estudada entre as demais áreas do Estado, uma vez que demanda avaliação orçamentária”. A Seti também acrescenta que o “diálogo segue aberto”.

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