A ONHB (Olimpíada Nacional em História do Brasil), realizada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), tem se consolidado como uma ferramenta importante de ensino e ajudado estudantes na realização de vestibulares e do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Com um formato que estimula a leitura, análise crítica e interpretação de texto, a Olímpiada também apresenta temas que nem sempre são tratados em sala de aula.
O projeto prevê a participação das escolas por meio de equipes formadas por três estudantes dos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental ou Ensino Médio, além de um professor. Com formato original, os participantes têm de responder questões de múltipla escolha e realizar tarefas com base em análise de textos, imagens, documentos etc.
Os assuntos apresentados também servem de repertório para os estudantes nessas provas. Um exemplo disso foi o tema proposto para a redação do Enem neste ano: "O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”. Ex-participantes da Olimpíada relataram que usaram como base para suas redações o episódio chamado de "Holocausto Brasileiro”, apresentado em uma questão da Olimpíada de História e que se refere ao nome dado ao Hospital Colônia, em Barbacena, em Minas Gerais, onde mais de 60 mil pessoas morreram. O local foi considerado um dos maiores hospícios do país.
Maria Paula Oliveira dos Santos Mendes, de 18 anos e que participou da ONHB, conta que se baseou no que aprendeu sobre o assunto para elaborar sua redação do Enem. "Usei o Holocausto Brasileiro como repertório sociocultural. Me ajudou a relacionar o passado e presente ao perceber que certos costumes não foram desconstruídos e se mantêm enraizados. A ONHB amplia nosso conhecimento sobre o passado e nos ajuda a enxergar o presente mais criticamente, o que é fundamental em uma redação”, conta.
Com um formato que permite que cada fase seja realizada durante uma semana, a ONHB propõe que os alunos discutam entre si e com o professor as questões apresentadas, desenvolvendo novas habilidades. "A melhora na capacidade de interpretar os textos e ter uma análise crítica são as habilidades apontadas pelos participantes como as mais desenvolvidas. Nós buscamos sempre trazer temas que mereçam debate e que, na maioria das vezes, não são apresentados em sala de aula ou nos livros didáticos”, explica a professora do IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas) da Unicamp e coordenadora da ONHB, Cristina Meneguello.
Saulo Teixeira Duarte, de 19 anos, afirma que a participação na Olimpíada melhorou sua capacidade de interpretação de texto. "Assim como na ONHB, no Enem, às vezes, há mais de uma alternativa correta. E eu aprendi a identificar o que questão pedia, fundamental para meu desempenho.”
A estudante Amanda Carvalho Fontenele, de 16 anos, conta que se sentiu mais confiante no Enem. "A ONHB me ajudou a compreender mais as questões. Além disso, as pesquisas realizadas e os debates com os colegas foram muito importantes para entender mais sobre a História do Brasil”, afirmou.
Inscrições abertas - As inscrições para a 13ª edição da Olimpíada de História já estão abertas. O prazo de período promocional com desconto segue até dia 8 de fevereiro. A prova terá início dia 3 de maio e segue até 12 de junho. Ao todo, serão realizadas seis fases online com questões de múltipla escolha e realização de tarefas. Até o momento, a tradicional fase presencial realizada na Unicamp será online, como em 2020, devido à pandemia.
A ONHB é um projeto realizado pelo Departamento de História da Unicamp. Tem apoio do Programa de Pós-Graduação em História da Unicamp, com a participação de docentes, mestrandos e doutorandos.
Serviço
2º Período de inscrições com desconto: de 21/01 a 08/02
Escolas públicas: R$ 22,00 (por equipe)
Escolas particulares: R$ 44,00 (por equipe)
As inscrições podem ser feitas aqui.