Responsável por mais de R$ 1 bilhão no valor bruto da produção econômica do Estado, a piscicultura paranaense cresceu em média 20% nos últimos anos e coloca o Paraná como o maior produtor nacional com quase 200 mil toneladas em 2021, o que corresponde entre 20% e 25% de todo cultivo de peixes no País.
No primeiro semestre de 2022, a exportação de produtos da piscicultura brasileira cresceu 100% em comparação ao mesmo período do ano anterior, conforme o Informativo de Comércio Exterior da Piscicultura.No total, foram US$ 14,3 milhões em vendas externas e 4.931 toneladas.
A tilápia é a espécie de peixe mais exportada pelo Brasil, representando 98% do total do faturamento com pescados exportados até o mês de junho, montante de US$ 14 milhões. O Paraná é o estado com a maior exportação da espécie no período analisado, com US$ 7,4 milhões, representando 53% do total.
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Com números tão expressivos, o Paraná se tornou uma referência no setor de Engenharia de Pesca e hoje, tem 100 profissionais registrados junto ao Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná), que celebra nesta quarta-feira (14), o Dia do Engenheiro de Pesca, comemorado desde 2003 no Brasil.
O engenheiro de pesca estuda e aplica métodos e tecnologias para localizar, capturar, beneficiar e conservar peixes, crustáceos e frutos do mar. Suas atividades básicas são o planejamento e o gerenciamento das atividades pesqueiras voltadas para a industrialização e para a comercialização do pescado.
O engenheiro de pesca, Ronan Maciel Marcos, professor adjunto da Universidade Federal da Fronteira Sul, explicou que o profissional da área mescla conhecimentos biológicos e físicos, necessários para as atividades produtivas e sustentáveis.
Além disso, ele ressaltou que existe a necessidade de profissionais em todo o ciclo de produção, desde a indústria de equipamentos, rações e análises de estruturas ou do meio ambiente na piscicultura. “O profissional também pode empreender como profissional liberal no ramo de projetos e consultorias na área”, afirmou.
Além do desafio na produção animal de aumentar o cultivo, aliado ao menor custo e maior eficiência, Marcos também destacou a necessidade de reconhecimento do profissional responsável pelo setor, que coloca o Paraná como líder do ranking da piscicultura brasileira.
“Mostrar para a sociedade a importância de engenheiro neste mercado que possui profissionais de qualificados em um ambiente produtivo, que emprega e leva alimentos de qualidade para as mesas das pessoas, é fundamental para o reconhecimento do profissional”, declarou.
Formação Profissional
Ela ainda lembrou que o Paraná também é destaque na formação universitária dos novos engenheiros da pesca, com uma das principais graduações do País, fundada em 1997, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).
Quinze integrantes da turma do curso de Engenharia de Pesca da Unioeste, sendo 12 alunos e três professores, participaram, em novembro, das pesquisas a bordo do Ciência do Mar I, um laboratório flutuante gerido pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), que passou pelo Porto de Paranaguá, para as atividades práticas de uso dos equipamentos e coletas biológicas, geológicas, químicas e físicas em mar.
O navio de ensino Ciências do Mar I voltou a atracar no terminal paranaense, depois de dois anos de pausa devido à pandemia, no final de outubro, quando a primeira turma a embarcar foi de 12 alunos e quatro professores do Centro de Estudos do Mar, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A equipe do navio e das universidades teve o apoio da Diretoria de Operações da Portos do Paraná para o embarque.