Com a repercussão do caso do pequeno Henry Borel, pediatras alertam familiares e profissionais da educação a observar e identificar casos de violência doméstica contra crianças.
Segundo a sociedade Brasileira de Pediatria, nos últimos 10 anos mais de 100 mil crianças morreram por agressão no Brasil. Desse total, 60% foram resultados de violência dentro do ambiente doméstico, por pessoas da própria família.
"É um cenário imensamente triste, mas, em sua grande maioria, as situações podem ser percebidas por um observador mais atento”, afirma o Dr. Clóvis Francisco Constantino é pediatra, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro. "Existe um provérbio que diz que é preciso uma vila inteira para criar uma criança, e isso é real. Parentes, vizinhos, educadores e médicos na linha de frente de atendimentos emergenciais devem saber identificar se uma criança precisa de socorro. Só assim para evitar que elas tenham seus direitos de saúde e segurança negados e reduzir esse número assustador, que cresce ano após ano”, avalia o médico.
Leia mais:
Acesso à internet pode melhorar a saúde mental de pessoas acima de 50 anos, diz estudo
Hormonologia, sem reconhecimento de entidades médicas, se espalha nas redes e tem até congresso
Bolsonaro terá benefício em prescrição de crimes ao fazer 70 anos em 2025
Projeto do governo Ratinho retira poder de conselho ambiental e prevê ampliar licenças simplificadas no Paraná
Se tiverem interesse em discutir esse tema como serviço, esclarecendo à população sobre o que deve ser observado nos pequenos antes que tragédias aconteçam, o Dr. Clóvis Francisco Constantino está à disposição para entrevistas.