Sondagens sobre a intenção de compras na Black Friday mostram que os paranaenses, definitivamente, renderam-se à campanha de vendas importada do Hemisfério Norte. Os consumidores pesquisam os itens, comparam os preços e reservam uma quantia razoável para ser gasta em produtos que estão na sua lista de desejos. A Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná) e a Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná), em parceria com o Sebrae/PR, divulgaram os resultados de suas pesquisas para a data e embora haja algumas diferenças nos dados apurados, o recado aos comerciantes é claro: se as promoções forem atraentes, a venda será efetuada.
Realizada sempre na última sexta-feira de novembro, neste ano um ponto bastante favorável aos varejistas é que a promoção acontecerá no dia 29, mesmo dia em que uma imensa massa de trabalhadores irá receber o pagamento do 13º salário.
Entre os consumidores ouvidos pelo grupo Datacenso, responsável pela pesquisa da Faciap, 34% afirmaram que têm a intenção de gastar mais do que na Black Friday do ano passado, 29% irão manter o valor da compra e 14% pretendem reduzir os gastos na campanha promocional. O valor médio que cada paranaense está disposto a investir é de R$ 1.392,44. Os consumidores de Ponta Grossa (Campos Gerais) são os que apontaram o maior valor: R$ 1.645,00. Em Londrina, cada compra deve ficar em torno de R$ 1.408,33.
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O tipo de produto que os consumidores ouvidos pela Faciap mais procuram explica o valor alto do tíquete médio. O maior percentual, correspondente a 32%, pretende adquirir eletrônicos, como celulares, notebooks, tablets e televisores. Logo abaixo, com 28%, estão os eletroportáteis, categoria que compreende itens como liquidificadores, multiprocessadores e fritadeiras. Roupas e calçados também foram mencionados por 28% dos entrevistados e perfumes e produtos de beleza corresponderam a 20%.
O presidente da Faciap, Fernando Moraes, disse que o dia 29 de novembro deve ser o ápice de um mês que já começou aquecido. “Essa é uma campanha de fora que, no Brasil, começou muito forte no mercado on-line, mas pegando somente a data (última sexta-feira de novembro). O mercado físico antecipa esse movimento e as campanhas já estão acontecendo, com um bom resultado”, avaliou.
Entre os lojistas brasileiros, a antecipação da data ganha diferentes denominações, como Black November, Black Week, Blue Friday, Best November e outras variações, conforme a criatividade de cada comerciante. O importante é sair na frente e anunciar o quanto antes as liquidações, no intuito de atrair os consumidores. “A expectativa é forte para a última semana, especialmente na sexta-feira (29), quando já sai a primeira parcela do 13º. Esperamos um movimento maior ainda”, disse Moraes.
O varejo paranaense acompanhou os resultados abaixo das expectativas observados no restante do país ao longo de todo o ano, nas principais datas comemorativas, como Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia dos Pais. A disposição de compra demonstrada pelos consumidores nesta reta final do ano é recebida como um alívio pelos empresários do setor. “A gente veio em um ano em que não tivemos tanto sucesso nas datas comemorativas. Para essa campanha (Black Friday), o consumidor já vem guardando o dinheiro e muitas compras são feitas à vista. Não tem muita compra parcelada”, afirmou o presidente da Faciap, em resposta ao questionamento de como as duas altas seguidas da taxa Selic deveriam interferir no comportamento de compra da população na Black Friday e também no Natal.
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