Dados referentes aos crimes realizados no estado do Paraná contra crianças e adolescentes no primeiro trimestre de 2021 mostram uma redução em relação ao mesmo período do ano passado. A queda chegou a 21,6%, caindo de 7.019 casos para 5.502. A queda também foi notada nas denúncias pelo canal do Disque Denúncia 181, partindo de 512 para 447 chamadas – uma redução de 12,6%.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, a estratégia é aliar a colaboração da população, através das denúncias anônimas, e usar as ferramentas que já estão disponíveis para facilitar o atendimento e prestar apoio com agilidade, preferencialmente assim que o crime aconteceu.
Além disso, também foi lançada uma campanha sobre o Dia Nacional do Combate ao Abuso e à Exploração de Crianças e Adolescentes, no último dia 18.
Leia mais:
Lula sanciona lei que cria Dia Nacional da Pastora e do Pastor evangélico
Lula já recebeu 2.300 presentes, de adornos de países árabes a violão do Coldplay
Andressa Urach e contrato de namoro; advogado explica o que é e quando fazer
Flávio Dino estabelece orçamento de emergência para combate a incêndios
Medidas para reduzir os crimes contra crianças e adolescentes
Entre as categorias tipificadas como crimes contra crianças e adolescentes que tiveram a queda registrada estão lesão corporal (violência doméstica e familiar), abuso de vulnerável, importunação, abuso ou atentado violento ao pudor, aliciamento de criança para prática de ato libidinoso e assédio a menor de 18 anos.
Alguns desses crimes tiveram uma queda ainda maior nas denúncias, como o aliciamento de criança para prática de ato libidinoso, que registrou redução de 30,7%.
Para continuar a atender essas denúncias, assim como continuar a prestar um bom atendimento à população, ainda está prevista a abertura de um
concurso PM PR, a fim de aumentar o quadro da corporação e agilizar os atendimentos.
Queda em denúncias pode representar subnotificação
Apesar dos esforços para a prevenção desses crimes, ainda há a preocupação de que os casos estejam sofrendo subnotificação. Afinal, ainda há muitas crianças e adolescentes em situação de violência e vulnerabilidade. Com o distanciamento social e sem as aulas nas escolas, que era uma das principais maneiras de identificar essas situações, está mais difícil acompanhar o dia a dia desses adolescentes.
Muitas vezes, os crimes são cometidos por pessoas próximas. Por isso, é essencial que a própria sociedade reconheça a responsabilidade de denunciar comportamentos suspeitos e busque os meios seguros para fazer as denúncias aos órgãos competentes.