Tecidos tecnológicos são aliados de quem frequenta as academias de ginástica atualmente. Além de conforto e bom caimento, algumas opções trazem maior capacidade de absorção e evaporação, alta compressão, proteção contra raios ultravioleta e característica termodinâmica - sensação gelada em dias quentes e de calor em dias frios. Há peças que trazem, inclusive, selo informando sobre o tipo de atividade para a qual é indicada.
São artigos com preço acima dos demais existentes no mercado, mas que conquistam um público que busca qualidade. Na opinião do personal trainer Cristian França, a roupa adequada faz a diferença na hora do exercício físico. Ele diz que a primeira preocupação deve ser com o conforto. ''Independente do tipo de atividade, a roupa tem que dar mobilidade. Não pode atrapalhar os movimentos dos ombros, dos quadris'', explica.
Segundo França, o tecido deve ser leve e ter secagem rápida. Por isso, o algodão é contra-indicado, já que acumula suor e provoca aquecimento térmico, trazendo cansaço e diminuição do rendimento. As cores também influenciam. ''O preto deve ser evitado por reter calor. É melhor ficar sempre com os tons claros, de preferência o branco. As cores vivas também são interessantes porque ajudam a combater os efeitos do sol'', diz.
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Em relação à estrutura do tecido, o personal trainer recomenda o suplex - de preferência, de alta compressão - para calças e tops femininos. ''É um tipo de tecido que tem um reforço maior e vai muito bem nas atividades de alto impacto. Dá sustentação para áreas importantes como seios e quadris'', constata.
Calças femininas (leggings) que trazem recortes também são bem-vindas, já que facilitam os movimentos. Para a corrida - uma das atividades mais populares -, França destaca a importância do uso da camiseta mais larga do que justa tanto para homens quanto para mulheres. ''Muita gente acha que a corrida só envolve pernas, e não é bem assim. É preciso ter boa mobilidade também no tronco'', atesta.
O público masculino, destaca França, deve adotar os shorts curtos, com aberturas laterais, no lugar das pesadas bermudas. ''Os homens erram muito nisso. É comum ver muitos correndo de bermudas jeans, que são pesadas e retêm líquido'', afirma. Para não errar, o personal recomenda sempre obervar os atletas profissionais. ''É claro que você não precisa comprar extamente o que eles usam, mas eles sempre nos dão o parâmetro do que é mais adequado''.
Roupas que dão sustentação e valorizam o corpo
Os tecidos modernos existentes hoje no mercado trazem várias características que os consumidores não vêem quando olham a peça na vitrine e que só são percebidas com a sua utilização. ‘É um valor agregado que faz toda a diferença quando a roupa está no corpo. É outro caimento, outro conforto e muito mais durabilidade’, diz Larissa Krzyzanowski, sócia-proprietária da Mulher Elástica, grife londrinense que trabalha com roupas femininas.
Além de selos com informações sobre a composição do tecido e suas características, as peças da grife trazem a indicação de uso: há opções para esportes de alta intensidade (corrida, bicileta, musculação) e de baixa intensidade (alongamento, yoga, taichichuan).
Um exemplo de tecido para alto impacto é o suplex de alta compressão com o qual são feitos tops em tecido duplo e alças reforçadas; calças, bermudas e regatas. ‘Aliado aos recortes estratégicos (na altura das coxas, do quadril), o suplex dá sustentação à musculatura e valoriza o corpo da mulher, que se sente muito mais bonita ao vestir uma calça com esse tecido, por exemplo’, observa Larissa. Outra vantagem é que o tecido tem proteção contra os raios solares (fator 50).
Entre as novidades, a empresária destaca a malha de bambu, que é ecológica (é feita a partir da fibra do bambu e substitui a fibra sintética que deriva do petróleo) e muito leve. A Mulher Elástica usa o tecido em camisetas regatas e vestidos, na linha de esportes de baixo impacto. Larissa também cita a malha lumi, com característica leve e de alta absorção, que traz cores fluorescentes.
A estudante Stephanie Travaglia, que pratica musculação e corrida, é adepta do suplex de alta compressão em calças, tops e regatas. ‘É firme e deixa o corpo mais bonito, além de ser bem fresquinho’, diz. Para correr, ela acha mais confortáveis os shorts largos ou as bermudas ciclistas.
A consumidora está sempre atenta às novidades do mercado. ‘Sempre que muda a estação ou chegam lançamentos eu compro peças novas’, diz. (G.M.)
Fique sabendo
- Além de conforto e bom caimento, alguns tecidos trazem maior capacidade de absorção e evaporação, alta compressão, proteção contra raios ultravioleta e característica termodinâmica – sensação gelada em dias quentes e de calor em dias frios.
- O praticante de atividade física deve avaliar se a roupa lhe traz mobilidade e não atrapalha os movimentos dos ombros, dos quadris.
- O tecido deve ser leve e ter secagem rápida. Por isso, o algodão é contra-indicado, já que acumula suor e provoca aquecimento térmico, trazendo cansaço e diminuição do rendimento.
- As cores também influenciam. O preto deve ser evitado por reter calor. É melhor ficar sempre com os tons claros, de preferência o branco. Cores vivas também são boas porque ajudam a combater os efeitos do sol
- As mulheres devem escolher tops de tecidos reforçados para a proteção dos seios em atividades de alto impacto.
- Os homens devem adotar os shorts curtos, com aberturas laterais, no lugar das pesadas bermudas.
- Para não errar, um conselho é obervar o que os atletas profissionais usam nas diferentes modalidades.