Verde-botânico: do vibrante ao mais cintilante no pendente (Vianna), anel (Arrigoni) e brincos (Orafo).
''A natureza inspira a arte'' foi o tema da 49º Feninjer, a Feira Nacional de Joias, Relógios e Afins que aconteceu no início de agosto, em São Paulo. O evento, um dos maiores do gênero no País, reuniu 150 expositores que mostraram as novidades no setor e apresentaram as tendências da estação. Durante a feira, foi lançado o Preview Design de Joias 2010, resultado de um trabalho de pesquisa realizado pela consultora de moda Marilda Ferraz, que dirige o Studio MF, em Florença, na Itália.
Pop art: anel (Clarte), orgânico anel (Claudete Stumh)
Étnico: medalhão e anéis (Gênesis).
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De acordo com o catálogo, que une as tendências das joias com a moda, são quatro as apostas da estação: Azul-mar e Verde Botânico, Pop Art, Étnico e Orgânico. A primeira das tendências destaca os tons de verde vibrante, o dark citron (mais cítrico) e o verde resina, que traz um verde mais cintilante. As joias com inspiração na Pop Art aparecem em cores intensas ou em ícones dos anos 60, como signos de paz, formas geométricas, smiles e grafismos do flower power. Flores e laços, aliás, são formas quase uníssonas nas criações dos designs para a próxima temporada.
Pingente (Adeguimar Arantes), Orgânico, pulseira (Goldesign) e medalhão (Gênesis).
O Étnico também aparece para provar a fase democrática em que vive a moda. Inspira-se na África ao Oriente Médio e traz desde ícones religiosos a indianos. A base desse estilo, aliás, está na variedade de texturas e desenhos. Por fim, as formas orgânicas são uma clara referência à natureza. Plantas, animais e astros aparecem nos desenhos e as peças ganham mais mobilidade, com uso de módulos e molas, por exemplo.
Étnico: brincos (Laura Haueb).
Essas quatro tendências resumem a variedade das coleções que foram apresentadas na feira, mas também pontuam as coleções de marcas que estiveram fora da feira, como a Bergerson. A grife brasileira aposta em ouro rosé, diamantes e pérolas nas peças usadas pela modelo Kassiana Urnau em fotos feitas especialmente para a capa dessa edição.
''As joias seguem a tendência da moda, de se adaptar ao mercado. Portanto, as peças estão mais leves, utilizam menos ouro em sua composição e mais pedras brasileiras'', destaca Hecliton Santini, presidente do IBGM. Para ele, essa é uma tendência mundial, que responde à crise econômica (com menos ouro, as peças custam menos) e à inevitável concorrência coms o mercado de bijuterias de luxo, em notável crescimento.
Modelo Kassiana Urnau usando flores e laços em ouro rosé, diamantes e pérolas da Bergerson
Para Santini, porém, cada mercado tem seu espaço. E o da joias sempre terá demanda. Tanto que, de acordo com dados do IBGM, só em 2008, o Brasil exportou U$ 1,6 bilhão em joias, um aumento de 22% em relação ao ano anterior.
Neste ano, o setor joalheiro já atingiu crescimento de 8% em relação a janeiro e junho do ano passado. Até o final dde 2009, a expectativa é de que se concretize um crescimento de 12% pelo aumento das exportações, conforme conclui Santini. Para esse mercado, aliás, o futuro é joia.