Por lerem apenas um único livro e interpretá-lo segundo a letra e não buscarem entender o simbolismo das palavras – cuja explicação é encontrável em outras leituras – a maioria das pessoas vinculadas às religiões dominantes do Ocidente acreditam que o fim de tempos, de que se fala, é o fim do mundo. E que isto se manifestará por sinais nos céus. Fim de tempos são fins de ciclos, que ocorrem periodicamente, e agora está prestes a ocorrer mais um. Trata-se de grandes aberturas, antecipadas de turbulências – e estas já estamos vivendo – e que resultam em maior expansão da consciência. Quem não estiver sintonizado nada perceberá, da mesma forma que não percebe os fenômenos da presença divina que o rodeia no dia-a-dia e que se manifestam de mil formas.
Esses fins de ciclos não se revelam por imaginária destruição da humanidade mas pela renovação gradual da população terrena, por via de um expurgo natural que não gerará sofrimentos nessa transição – e este é um processo que sempre ocorreu. Os melhores galgarão degraus mais altos na escala da evolução, e os que se atrasarem na caminhada descerão para planos inferiores. Isto se traduz por transmigrações para mundos de vibrações mais baixas, consonantes com o grau de cada ser. Para estes, um novo nascimento não ocorrerá na Terra, nem em lugares superiores, mas em pontos onde se identifiquem, e estes são mais grosseiros que este em que vivemos.
Também a própria Terra, como uma das ``muitas moradas da casa do Pai´´, passará por evolução, significando que uma civilização mais pura a povoará, e nesse ambiente não haverá lugar para os inadequados ao meio, que por isso terão de debandar. Aquecimento global, grandes inundações conseqüentes, diminuição do espaço territorial e outras tragédias daí decorrentes, poderão acontecer, por conta das imprudências humanas, mas não serão estes propriamente os sinais do fim de ciclos. O fenômeno ocorrerá no âmbito das consciências. A separação será inevitável, pois se iniciará neste planeta uma jornada de redenção e não poderão viver nele os que não estiverem em condições. Da mesma forma que animais ferozes não podem conviver livres no meio dos humanos. Um dia do passado remoto os seres que por muitas e muitas reencarnações estão vivendo na Terra também foram expurgados – pela mesma razão – do lugar em que se encontravam. E não por punição, mas por um processo natural da misericórdia divina. Cada um de nós já perambulou muito por este universo sem fim.
Se as pessoas ao menos entendessem o significado do que está dito – de que ``na casa do Pai há muitas moradas´´ – seria mais fácil entender tantas coisas, e sobretudo o princípio das reencarnações sucessivas e das transmigrações. Estas, as nossas mudanças para mundos paralelos, visíveis ou invisíveis, superiores ou inferiores, por necessidades ou opções cármicas ou em missões voluntárias. Cada vez mais segmentos da humanidade vão acreditando que, cada indivíduo, não tem a idade de sua certidão de nascimento mas é pré-existente aos tempos terrenos. O Novíssimo Testamento traz fantásticas revelações e está em toda a parte, fragmentado em muitas linguagens mas coerente nas verdades fundamentais. Não significando que negue o Velho e o Novo, mas revela muitos dos seus simbolismos.
Jesus disse em sua passagem terrena: ``Não entendereis ainda´´, querendo dizer que um dia a humanidade ira entender. Agora são chegados os tempos do entendimento. Aqueles que continuarem apenas fazendo louvor ao Mestre e o tomarem como salvador mas não seguirem os seus ensinamentos, permanecerão no obscurantismo e perfilarão entre os que não entenderam ainda. Essa corrente de mudança de estados de consciência envolve Céus e Terra, significando que não só a humanidade mas toda uma legião de iluminados seres das esferas celestiais participa do processo. Bom sabermos que não estamos sós, mas precisamos ajudar essas forças poderosas nessa tarefa e não apenas pedir-lhes. Não só os seres humanos mas também o Planeta evolui em sua luminosidade perante o contexto cósmico. Porque também pulsa vida.
O mundo terreno da baixa moral, este sim terá um fim. Crianças já estão nascendo com um novo código genético espiritual, e nele não há certos registros de erros e perversidades. Serão elas e seus descendentes que edificarão o novo mundo. Esta será uma civilização que não conhecerá e nem praticará o mal, porque não terá em si tais registros. Tudo irá acontecendo gradativamente, sem saltos e nem sobressaltos e nem coisas sobrenaturais – até porque mudanças e fenômenos bruscos enlouqueceriam as pessoas mais rudes e despreparadas, muitas delas debatendo-se em suas religiões sistêmicas sem encontrar respostas que procuram.
A busca exacerbada por cultura e intelectualidade, por vitórias terrenas e pela conquista de troféus, de notoriedade e hegemonia entre os povos, dará lugar ao crescimento da espiritualidade. Será então que todos os vícios terrenos irão se extinguindo, naturalmente. Por ora, temos de também orar pelos maus, para que vislumbrem lampejos de luz e se livrem da condição em que se encontram.