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EXAGERADO LOUVOR À CRUCIFICAÇÃO

20 jul 2013 às 15:26

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Desde menino, quando frequentava os cultos religiosos, eu me perguntava porque as igrejas cristãs tanto cultuavam a imagem de Jesus crucificado e o expunham tão pouco com sua vestimenta natural e seu semblante sereno. Agora, ao ler as recentes "Cartas de Cristo" (já publicadas em livro, e em vários idiomas), vejo que o próprio Jesus se lamenta disso. Ele diz: "Faz dois mil anos que os cristãos estão revivendo o drama da minha crucificação. Alguns, inclusive, experimentam o estigma, que nada mais é que uma resposta emocional histérica e mórbida àquilo que acreditam que suportei. Isto está sendo escrito num dia de sexta-feira santa e vim especiamente para dizer que vocês devem abandonar a recordação de todo o drama referente àquele dia. Ano após ano foi criado um estado de consciência traumática e contaminada a respeito. Morri, e isto foi para mim uma libertação".
Jesus continua: "Vocês devem se afastar dos velhos dogmas de salvação pelo sangue do cordeiro. Seja qual for a crença do homem referente à "salvação dos pecados", este é um erro humano, posto que a lei de causa e efeito é imponderável. Peço àqueles que possam receber minhas palavras que abandonem a prática de recordar minha morte e de exercitar a abnegação física do jejum da quaresma". Ele declara em suas Cartas que seu martírio na cruz não "tirou os pecados do mundo" e que sua morte dolorosa não salvou ninguém. As igrejas de rito cristão dizem que seu corpo ressuscitou dos mortos. Sobre isto Jesus diz que tal é um absurdo, inventado "pelas mentes daqueles que não sabiam explicar satisfatoriamente a morte na cruz". Há os que acreditam que Jesus subiu ao céu com seu corpo físico, após a morte, e ele declara: "Por que eu teria necessidade de um corpo terreno para continuar minha existência em outra dimensão? Como este mito pôde persistir até o século 21?".
(São nove longas cartas, e elas foram tornadas públicas em 2001, depois de ditadas por Jesus a uma senhora idosa da Inglaterra, que foi preparada pelo Mestre durante trinta anos, para essa missão. Por declarar-se apenas uma intermediária, ela não desejou propagandear seu nome).
Pregadores cristãos dizem que "Jesus venceu a morte". Ora, Jesus morreu, e seu espírito subiu para dimensões mais elevadas. A ressurreição, de que se fala, é o natural ressurgimento do espírito em outro plano, assim como todos nós iremos ressurgir após o desenlace carnal. Com relação a estas Cartas, Jesus diz que "haverá certamente a mesma recriminação, a mesma condenação, e se falará de satanás" (como enganador). Porque, para os fanáticos religiosos, tudo o que é novo e revelador é "coisa de falsos profetas", sem atentar que muitos destes estão entre os que pregam nos templos e nos canais da mídia eletrônica.
A própria bíblia encerra muitos equívocos, omissões e interpretações diversas, porque em sua maior parte foi escrita pelos homens, que além do mais fizeram modificações em seu texto, ao longo dos anos, subtraíram o que contrariava seus entendimentos e fizeram adições. Há pelo menos trezentas contradições na bíblia, a versão católica difere da evagélica (esta tem dois livros a menos), e a escrita em inglês pelos americanos tem diferenças em muitos pontos da editada em português, com alterações de sentido. Deve-se extrair da bíblia seu substrato mais valioso - talvez uns vinte por cento de todo o seu contexto - porque o mais são genealogias, narrativas históricas, sagas guerreiras, profecias, cânticos de amor e sensualidade, as cartas às igrejas, decretos legislativos, as súplicas de Davi, o indecifrável livro do apocalipse.
A bíblia é um livro incompleto. O Novo Testamento (por exemplo) nada fala da vida de Jesus dos seus 13 aos 30 anos; na Gênese, Moisés retrocede apenas até os anos de Adão e Eva (episódio de 40 mil anos atrás, mais ou menos) e não explica como nasceram descendentes de Abel e Caim, pois a versão bíblica não fala de mulheres nascidas do casal. Há aí um truncamento histórico. Aqueles que escreveram os cinco livros do Velho Testamento (e foram Moisés e várias outras mãos) nada falaram sobre a origem verdadeira do homem neste planeta - o que, pela narrativa dos melquisedeques (seres dos planos mais elevados) aconteceu há quase um milhão de anos, portanto 950 mil anos antes de Adão e Eva. Quando da chegada desse casal o mundo já estava densamente povoado. Nós somos originários de Andon e Fonta, jovens irmãos gêmeos que se acasalaram (consigo mesmos) e geraram muitos filhos, e estes outros tantos mais, e assim sucessivamente. Eles - que são nossos pais terrenos - emergiram dos seus parentes primatas, adquiriram forma humana, afastaram-se deles e receberam o sopro divino. Assim procedeu Deus para dar início à formação da humanidade.
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