Uma fantástica realidade invisível nos cerca, mas a maioria das pessoas tende a só registrar e crer no que vê com os olhos carnais. Então, quer provas de tudo o que transcende o limitado alcance da visão, do entendimento e da própria fé. Não que sejam obrigadas a acreditar no que não vêem, não ouvem e não sentem (até porque, já em princípio, consideram isso impossível de acontecer), mas estas mesmas pessoas, paradoxalmente, prostram-se em clamor aos céus nos momentos críticos, invocando justamente a ajuda das divindades que nunca viram.
Mas essa realidade invisível é verdadeira e percebida por muitos. Crer ou não crer não altera esta verdade, mas com um pouco mais de crença no transcendente este mundo em que vivemos seria, com toda a certeza, infinitamente melhor e mais fácil de entender. Aquele que não crê, é porque mantém seus portais fechados, e estes mais se fecham quanto mais essas aberturas ficarem trancadas e não haja o propósito de tirar-lhes os ferrolhos. Se cada pessoa, com raras exceções, acreditar na eternidade de seu próprio espírito, por que não acreditar em algo mais?
A verdade é uma apenas, mas ela se apresenta conforme o grau de evolução de cada um. Uma das verdades não admitidas pelo ser humano – porque certos sistemas de crenças o tem ensinado a assim crer – é ele considerar-se pequeno e insignificante ``diante de Deus´´, ignorando que ele é centelha do próprio Criador. Portanto, nem ``diante´´ pode estar, porque ele é parte da grande unicidade que compõe essa inteligência suprema que se denomina Deus. De qualquer forma, o momento chegará em que dentro de cada um irá manifestar-se o lampejo da supra-consciência esclarecedora e libertadora.
Em sua vida o homem tem cuidado de tudo menos do culto à sua espiritualidade. Não crê que possa sintonizar-se com as dimensões superiores, de onde na verdade é originário. Porque imagina que a limitação de seu corpo físico – que um dia perecerá – se estende também à sua essência primordial, que é seu Eu Superior e imperecível. Por isso, quando lhe falam de algo que transcende o usual, não crê, ou dá a isso o nome de milagre. E encerra esse fenômeno numa caixa, como mistério. Ocorre que milagres não existem, mas apenas fatos normais.
Pelo despreparo ante acontecimentos que transcendem sua crença, até pela ausência do exercício de crer, as pessoas não espiritualmente evoluídas mas apenas religiosas, prostram-se perplexas quando algo que não alcançam acontece. As que pertencem a religiões mais radicais chegam a amedrontar-se e imaginam que influências maléficas estejam rondando.
Nós terrestres estamos ingressando em novo tempo, que será de grandes revelações, evoluções e transmutações, embora as turbulências do mundo que semeiam descrença. Os portais estão se abrindo para uma expansão da consciência da humanidade e um grande despertar. Nada acontecerá abruptamente, mas um novo ciclo está chegando ao fim e outro prestes a iniciar-se. Gradativamente as pessoas irão entendendo, e esse entendimento será maior entre os seres que estão agora chegando ao Planeta. Um assunto para escritos futuros.