Cada vez mais o homem vem tomando consciência de que não deve maltratar os animais. Mas é ainda aterradora a tortura a que eles são submetidos, principalmente os de abate para consumo humano e os que puxam cargas e arados e tocam moendas.
A revista Veja acaba de enfocar o assunto, mostrando a crueldade do homem com esses nossos coirmãos. Sim, coirmãos, como os entendia Francisco de Assis.
Cavalos sobem ladeiras com pesados carregamentos, levam açoites e ficam horas sem água e alimento, às vezes em sol escaldante. Carneiros e cabritos são mortos por degola, sem prévia sedação.
Bovinos são abatidos a golpes na cabeça, nem sempre certeiros, por isso repetidos. Galinhas poedeiras ficam sempre no claro, para pôr mais ovos, e espremidas em gaiolas.
Gansos são alimentados à força para que seu fígado adquira dez vezes o tamanho original e se transforme em patê de foie gras. Vitelos são confinados em espaço exatamente do seu tamanho e com a cabeça presa.
Para não haver perda de crias, porcas são colocadas em pequenos cercados, não podendo mudar de posição. Certas pesquisas científicas com animais são torturantes.
Não se sabe como é hoje, mas nos abatedouros de cavalos (já velhos e imprestáveis para uso) suas patas eram cortadas, com eles vivos, para escorrer o sangue e assim melhorar o sabor da carne, apreciada pelos importadores.
Felizmente as associações de proteção aos animais agem, até onde possível, e nos EUA e na União Européia está em curso a mudança de leis para eliminar esses sofrimentos.
No Brasil a lei determina que os animais sejam sedados antes do abate, mas no campo e onde a fiscalização é omissa ou corrompida isto não é respeitado.
Se cuidamos dos nossos iguais humanos, temos o mesmo dever com os animais. Por maltratá-los, acumulamos pesados carmas, que em dado momento teremos de resgatar. [email protected]