Somos responsáveis por aquilo de nocivo que implantamos na mente dos outros, e isso entra na conta dos nossos débitos. Uma crítica maldosa ou mesmo branda que fazemos contra alguém, e comentários sobre fatos que denigram pessoas, resultam em efeito multiplicador, e somos responsabilizados por isso perante a Lei Maior.
Temos de responder pelas maldições e condenações que emanam de nossos pensamentos e palavras, valendo inclusive para um mero olhar de sarcasmo ou menosprezo por alguém.
Quando cultivamos sentimentos de ódio e inveja emitimos vibrações doentias, que atingem a pessoa-alvo e também se volta contra nós, como um bumerangue. É a lei da causa e consequência. Ademais, essa corrente dissemina-se, sem medir distâncias, incorporando-se ao inconsciente coletivo e envolvendo todos aqueles que estão mais fragilizados ou que nutrem sentimentos idênticos.
Todos nós, em maior ou menor grau, descuidamos de nos policiar e por isso ficamos vulneráveis, sem mesmo perceber. Os resultados são angústias, depressões, desequílíbrios, abalos da saúde, mau humor, irritação, intolerância e assim por diante.
E, como duplo resultado negativo, quanto mais nos ocupamos de pensar e falar dos males, mais os robustecemos. Mesmo quem apenas ouve pode ficar contaminado. Pessoas idosas, sobretudo, apreciam falar de doenças. Temos de respeitar seus sofrimentos, mas muitas o fazem por auto piedade.
O que emanamos tem o poder de criação e se corporifica, e se pensamos o mal, ele pode nos acontecer. Os que só acreditam no que está na Bíblia podem ler em Jó: "Aquilo que temo me sobrevém e o que receio me acontece".
Tudo o que de desagradável nos ocorre é resultante de algo que temos praticado, seja por pensamentos, palavras ou atitudes.