Nas questões que transcendem a compreensão humana, ter dúvidas e curiosidade é um sinal de anseio por conhecimento, mas ficar apenas nisso e não buscar respostas é displicência, porque o tempo se escoa e as oportunidades vão se esgotando.
Quando as interrogações começam a irromper fortemente no íntimo, em especial sobre nossas crenças – algumas sedimentadas pela tradição ou pelo comodismo – é um aviso de que revelações estão batendo à porta.
As fontes de busca são múltiplas, mas a principal delas está em nós próprios e se manifesta pela intuição. É a voz de Deus, que emana de nosso Eu Superior, e é a mais confiável. É preciso ter a coragem de ouvi-la, porque muitos temem por descobertas que quebrem seus velhos paradigmas e os façam pensar.
O hábito mecânico de seguir certas doutrinas (encontradas prontas) conserva-os na comodidade de deixar que outros pensem por eles, e assim a evolução estaciona.
É sempre mais difícil alcançar o que se desconhece, mas é preciso valer-se da liberdade (que é dádiva divina), romper grilhões e buscar.
Muitos, em sua cômoda situação, afirmam que estão bem e não desejam mudar nada, mas vivem em clima de temor acerca do que desconhecem. Temem inclusive Deus. Isto os inquieta e é a razão das depressões que assolam grande parte da humanidade. Não sair desse estado letárgico é uma forma de viciosa preservação, como de um pássaro que mutila as próprias asas e assim perde a faculdade que lhe é inerente de conhecer a vastidão do espaço. Também o homem tem o destino e o poder de voar e singrar o desconhecido.
Desenvolver-se significa mudar alguns padrões. E certos sistemas de crenças fazem justamente por manter sua comunidade em clima de passiva aceitação e acomodação, desestimulando buscas fora de seus fundamentos. Assim fecha-se o fluxo dos mananciais do conhecimento.
Devemos saber que temos o poder imanente de Deus e que precisamos ir além da percepção das coisas terrenas, embora estas sejam valiosas quando sabemos usa-las.
A dúvida (ausente do medo) é salutar e induz à procura. E tudo o que se procura se manifesta. Só assim o aprendizado avança e se chega à libertação. Einstein buscava conhecer os pensamentos de Deus, porque o resto para ele era detalhe. walmormacarini@hotmail.com