Quando as dúvidas sobre coisas transcendentes nos acossam, devemos festejá-las, porque alguma revelação pode estar próxima de manifestar-se.
Temos de dar atenção às dúvidas porque elas são lampejos de iluminação, sinalizando que devemos buscar as respostas. Não se deve ter receio de buscá-las, mesmo que isto contrarie nossos condicionamentos religiosos.
O primeiro conselheiro a ouvir é o mestre que habita em nós, porque ele nunca se engana e sempre nos aponta o melhor caminho.
Este sábio que hospedamos em nosso íntimo é nossa essência superior, e se ficarmos atentos veremos que ele nos fala constantemente, embora no mais das vezes não lhe damos importância.
Todos nós sabemos quando estamos fazendo (ou intentando fazer) algo condenável, e esse saber é a senha da voz interior que se pronuncia em nós.
A ira, a ganância, o descontrole e outros descaminhos são nossa rendição ao ego inferior, e, por falta de treino e de uso da potencialidade infinitamente maior que reside em nós, permitimos que ele nos domine.
Nem percebemos que essas duas correntes vivem em luta constante. Quando conseguirmos distinguir claramente essas duas forças em conflito e soubermos administra-las, teremos descoberto a nós mesmos e tomaremos posse da chave de todas as portas.
Mas se nos deixamos seduzir pelo sibilo da serpente, que é a tentação do ego, obstruímos as vertentes do coração (leia-se nosso Eu Superior) e assim não damos chance de elas se revelarem e de nossa dimensão espiritual manifestar-se.
Chegamos a pensar que é fraqueza adotar uma postura mais sociável e reverente com todo o tipo de pessoas, e assim a arrogância se impõe, altiva, para demonstrar poder e dominação.
``Quando o homem é perfeitamente liberto de todos os desejos do ego finito e alcança a paz da alma pela realização do Eu Divino, então é um homem de perfeita liberdade´´.
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