Até aqui foi a luta da mulher pela conquista de direitos iguais aos dos homens, mas esta jornada já cobriu a maior parte de seu percurso, e não há risco de retrocesso. Porque a marcha tomou seu ritmo e já ninguém pode detê-la, mesmo que o deseje.
A emancipação alcançada pela mulher até os dias presentes não foi concessão dos varões, porque eles não são detentores desse poder – como de alguém que se arrogasse a presunção de conceder o direito à respiração – mas porque foi um processo histórico, que não poderia ter outro desfecho.
Em era remota a mulher foi a dominadora, em todos os campos de atividade, e agora ela vai retomando o reinado. E nós homens – seus súditos eternos disfarçando predomínio e talvez por isso tiranos – rogamos que ela não perca a graça e a feminilidade.
Mas, feitos alguns retoques ainda faltantes da luta reivindicatória feminista, que não se perca de vista o mais relevante, que é a sublimidade da mulher, detalhe que o Supremo Criador colocou sobre ela no derradeiro toque de seu inigualável invento, e a fez divina.
O tempo sonegou direitos à mulher mas nunca pôde apagar aquela marca. Este foi o ponto superior desta estátua viva que a mão magistral esculpiu e presenteou-a ao mundo.
A mulher é também a mãe, que permite a germinação em seu cálice sagrado do gene/essência depositado ali pela alquimia do Grande Semeador.
Metade da população do mundo é constituída de mulheres, a outra metade (formada de homens) foi trazida à luz por elas, e elas mesmas geraram a si próprias e assim deu-se o povoamento de toda a Terra.
A mulher é o ponto focal mais poderoso do Plano Divino, porque ela não está apenas nesta dimensão terrena mas presente em toda as estâncias do Universo onde a vida individual irrompe pela magia que se processa no útero materno. Ela abastece com a energia do amor o ser que gera.
A sublimação da mulher deve ser o novo discurso, porque ela é mais que um ser reivindicante e merecedor de direitos e segurança, algo inquestionável – e temos de lutar sempre pela causa – porém uma reverência maior todos lhe devemos, pelo ser divino que ela é.
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