A palavra produtividade, cujo significado é a quantidade de produtos que se consegue produzir com os recursos instalados na empresa, lembra sempre as máquinas, os processos, produção, enfim. São mecanismos que as empresas dispõem para a produção, muitas vezes se esquecendo que essas ferramentas não se movimentam sozinhas, isto é, todos estes mecanismos de uma forma ou outra, é efetivamente manipulado por um indivíduo. Valendo, assim, ressaltar que uma empresa não exerce suas atividades por só, são as pessoas que exercem diversas tarefas, com o auxílio ou não de equipamentos mecânicos, e que fazem, desta forma, a vida organizacional.
Gil (2001, pagina 44) em seus estudos dissertou que:
"Para que as empresas tornem-se competitivas, é necessário que seus recursos humanos apresentem elevados níveis de produtividade. Tanto é que, quando se fala da vantagem competitiva das nações, costuma-se apresentar os índices de produtividade de sua mão-de-obra".
As empresas na sua totalidade funcionam através de vários recursos, dentre eles: humanos, financeiros, físicos, enfim. Sendo que cada qual desempenha suas respectivas tarefas. Só que neste aspecto, basta entender que os humanos são o fator principal, pois as empresas não se movimentam sozinhas, são as pessoas que a compõem que faz com que ela evolua.
Acontece que no âmbito em que vivenciamos, no mundo corporativo, os grandes problemas que as empresas tem enfrentado e os grandes desafios para os Administradores de Empresas são pessoas. Os interesses entre empresa, que é macro, e funcionários, interesses para si próprio, muitas vezes não coincidem. A grande dificuldade dos gestores é manter o equilíbrio para manter uma relação "ganha-ganha".
A escala a seguir, ilustra as necessidades que as pessoas possuem, segundo Maslow. Notem que para "subir" nível, é preciso atender o nível anterior. Extraído de Kotler (1991, página 220):
Pirâmide de Maslow (níveis de necessidade)
Nível 5 – Necessidade de auto-realização (desenvolvimento pessoal)
Nível 4 – Necessidade de estima (auto-estima, reconhecimento, status)
Nível 3 – Necessidades sociais (relacionamento, amor)
Nível 2 – Necessidades de segurança (defesa, proteção)
Nível 1 – Necessidades fisiológicas (fome, sede)
Fonte: Kotler, Philip. Administração de Marketing, análise, planejamento, implementação e controle. São Paulo: Atlas, 1991: 220
Maximiano, na sua obra, também escreveu que, saber identificar em cada pessoa e/ou colaborador as suas necessidades e podendo, assim, atender as expectativas prosperadas por eles, pode ser muito gratificante para essas pessoas e também trará muitos benefícios para a organização. As empresas precisam sim, e muito, atender as expectativas dos seus clientes internos, para que ter uma equipe eficiente.
Atender as necessidades dos colaboradores, desde que não confronte com as da empresa, significa uma melhora da qualidade de vida funcional e, isso, resulta em um grande aumento da produtividade. O ambiente onde as pessoas trabalham é também um outro fator relevante e que influencia a produção.
Pensando nisso, é que as empresas devem investir em treinamento e capacitação contínua junto aos colaboradores. A produtividade inserida em um ambiente agradável, ao mesmo tempo em que propicia a qualidade de vida aos colaboradores também faz com que o desempenho e a habilidade de fazer suas atividades aumentam, pois uma das grandes coisas que os funcionários não suportam é trabalhar em um lugar que não gosta. Sendo assim, através da capacitação ou treinamento, os colaboradores desenvolverão suas habilidades e adequando as novas tendências que as corporações exigem.
No momento em que as pessoas adquirem o conhecimento nas áreas que atuam, o número de erros é diminuído e as tarefas são executas num prazo menor, o que propicia a agilidade de entrega dos produtos aos clientes além de elevar a capacidade de produção. Nesse contexto, Gil descreve que para que os funcionários sejam produtivos, devem sentir que o trabalho que executam é adequado a suas habilidades e que são tratados como pessoas.
Agregar no ambiente de produtividade algumas coisas que venha a significar o contentamento ou a satisfação do colaborador, tais como: um cafezinho, um ar condicionado, são exemplos de coisas que não requerem esforços financeiros para propiciar um ambiente agradável para se trabalhar e que irá reverter para o próprio desenvolvimento organizacional.
O fato é que algumas grandes trans-nacionais já adotaram esse conceito de capacitar e treinar colaboradores. Mas as empresas de pequeno e médio porte não usam desse artifício como parte do seu planejamento, ainda como uma má utilização de recursos financeiros e não conseguindo contemplar que este investimento e não despesa poderia trazer para a organização.
Com isso, muitas organizações estão deixando de ser competitivas, pois os colaboradores muitas vezes não possuem habilidade imediata para altos índices de produtividade sem o treinamento e representa para a organização um alto custo, ainda mais se a empresa está em fase de crescimento.
Competitividade significa ter qualidade nos produtos e/ou serviços, e bons preços. O parâmetro para saber se uma empresa tem competitividade, instaura-se no confronto com outras empresas similares existentes em diferentes regiões.
Saber, portanto, manter a relação "ganha-ganha" entre os interesses dos colaboradores e os interesses organizacionais é a chave do sucesso para qualquer empresa, tendo em vista que os colaboradores satisfeitos têm maior índice de comprometimento com a organização, ao passo que irão produzir muito mais e com maior eficiência.
Investir no colaborador, principalmente para as micro e pequenas empresas, poderá aumentar o capital intelectual que a empresa dispõe e à medida forem aumentando os conhecimentos minimizará desperdícios na organização.
Entende-se por qualidade de vida, QV, a percepção do indivíduo tanto de sua posição na vida, no contexto da cultura e nos sistemas de valores nos quais se insere, como em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um amplo conceito de classificação, afetado de modo complexo pela saúde física do indivíduo, pelo seu estado psicológico, por suas relações sociais, por seu nível de independência e pelas suas relações com as características mais relevantes do seu meio ambiente.
A qualificação do colaborador está diretamente ligada ao contexto qualidade de vida. Pois esses conhecimentos elevam além do currículo que carrega consigo, a auto-estima por saber quais são as necessidades e os desafios que a empresa tem e, este funcionário capacitado e treinado já sabe do verdadeiro profissional que a empresa está procurando e que se a organização investe nele é porque acredita na capacidade dele ser este profissional.