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Produtividade através da qualidade de vida
por Flavio Jorge Souza

22 out 2007 às 11:00

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Flávio é aluno do 4º ano de Administração na Faculdade do Norte Pioneiro - Fanorpi -
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A palavra produtividade, cujo significado é a quantidade de produtos que se consegue produzir com os recursos instalados na empresa, lembra sempre as máquinas, os processos, produção, enfim. São mecanismos que as empresas dispõem para a produção, muitas vezes se esquecendo que essas ferramentas não se movimentam sozinhas, isto é, todos estes mecanismos de uma forma ou outra, é efetivamente manipulado por um indivíduo. Valendo, assim, ressaltar que uma empresa não exerce suas atividades por só, são as pessoas que exercem diversas tarefas, com o auxílio ou não de equipamentos mecânicos, e que fazem, desta forma, a vida organizacional.

Gil (2001, pagina 44) em seus estudos dissertou que:
"Para que as empresas tornem-se competitivas, é necessário que seus recursos humanos apresentem elevados níveis de produtividade. Tanto é que, quando se fala da vantagem competitiva das nações, costuma-se apresentar os índices de produtividade de sua mão-de-obra".

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As empresas na sua totalidade funcionam através de vários recursos, dentre eles: humanos, financeiros, físicos, enfim. Sendo que cada qual desempenha suas respectivas tarefas. Só que neste aspecto, basta entender que os humanos são o fator principal, pois as empresas não se movimentam sozinhas, são as pessoas que a compõem que faz com que ela evolua.

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Acontece que no âmbito em que vivenciamos, no mundo corporativo, os grandes problemas que as empresas tem enfrentado e os grandes desafios para os Administradores de Empresas são pessoas. Os interesses entre empresa, que é macro, e funcionários, interesses para si próprio, muitas vezes não coincidem. A grande dificuldade dos gestores é manter o equilíbrio para manter uma relação "ganha-ganha".

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A escala a seguir, ilustra as necessidades que as pessoas possuem, segundo Maslow. Notem que para "subir" nível, é preciso atender o nível anterior. Extraído de Kotler (1991, página 220):


Pirâmide de Maslow (níveis de necessidade)

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Nível 5 – Necessidade de auto-realização (desenvolvimento pessoal)
Nível 4 – Necessidade de estima (auto-estima, reconhecimento, status)
Nível 3 – Necessidades sociais (relacionamento, amor)
Nível 2 – Necessidades de segurança (defesa, proteção)
Nível 1 – Necessidades fisiológicas (fome, sede)
Fonte: Kotler, Philip. Administração de Marketing, análise, planejamento, implementação e controle. São Paulo: Atlas, 1991: 220


Maximiano, na sua obra, também escreveu que, saber identificar em cada pessoa e/ou colaborador as suas necessidades e podendo, assim, atender as expectativas prosperadas por eles, pode ser muito gratificante para essas pessoas e também trará muitos benefícios para a organização. As empresas precisam sim, e muito, atender as expectativas dos seus clientes internos, para que ter uma equipe eficiente.

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Atender as necessidades dos colaboradores, desde que não confronte com as da empresa, significa uma melhora da qualidade de vida funcional e, isso, resulta em um grande aumento da produtividade. O ambiente onde as pessoas trabalham é também um outro fator relevante e que influencia a produção.


Pensando nisso, é que as empresas devem investir em treinamento e capacitação contínua junto aos colaboradores. A produtividade inserida em um ambiente agradável, ao mesmo tempo em que propicia a qualidade de vida aos colaboradores também faz com que o desempenho e a habilidade de fazer suas atividades aumentam, pois uma das grandes coisas que os funcionários não suportam é trabalhar em um lugar que não gosta. Sendo assim, através da capacitação ou treinamento, os colaboradores desenvolverão suas habilidades e adequando as novas tendências que as corporações exigem.

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No momento em que as pessoas adquirem o conhecimento nas áreas que atuam, o número de erros é diminuído e as tarefas são executas num prazo menor, o que propicia a agilidade de entrega dos produtos aos clientes além de elevar a capacidade de produção. Nesse contexto, Gil descreve que para que os funcionários sejam produtivos, devem sentir que o trabalho que executam é adequado a suas habilidades e que são tratados como pessoas.


Agregar no ambiente de produtividade algumas coisas que venha a significar o contentamento ou a satisfação do colaborador, tais como: um cafezinho, um ar condicionado, são exemplos de coisas que não requerem esforços financeiros para propiciar um ambiente agradável para se trabalhar e que irá reverter para o próprio desenvolvimento organizacional.

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O fato é que algumas grandes trans-nacionais já adotaram esse conceito de capacitar e treinar colaboradores. Mas as empresas de pequeno e médio porte não usam desse artifício como parte do seu planejamento, ainda como uma má utilização de recursos financeiros e não conseguindo contemplar que este investimento e não despesa poderia trazer para a organização.


Com isso, muitas organizações estão deixando de ser competitivas, pois os colaboradores muitas vezes não possuem habilidade imediata para altos índices de produtividade sem o treinamento e representa para a organização um alto custo, ainda mais se a empresa está em fase de crescimento.

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Competitividade significa ter qualidade nos produtos e/ou serviços, e bons preços. O parâmetro para saber se uma empresa tem competitividade, instaura-se no confronto com outras empresas similares existentes em diferentes regiões.


Saber, portanto, manter a relação "ganha-ganha" entre os interesses dos colaboradores e os interesses organizacionais é a chave do sucesso para qualquer empresa, tendo em vista que os colaboradores satisfeitos têm maior índice de comprometimento com a organização, ao passo que irão produzir muito mais e com maior eficiência.


Investir no colaborador, principalmente para as micro e pequenas empresas, poderá aumentar o capital intelectual que a empresa dispõe e à medida forem aumentando os conhecimentos minimizará desperdícios na organização.


Entende-se por qualidade de vida, QV, a percepção do indivíduo tanto de sua posição na vida, no contexto da cultura e nos sistemas de valores nos quais se insere, como em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um amplo conceito de classificação, afetado de modo complexo pela saúde física do indivíduo, pelo seu estado psicológico, por suas relações sociais, por seu nível de independência e pelas suas relações com as características mais relevantes do seu meio ambiente.

A qualificação do colaborador está diretamente ligada ao contexto qualidade de vida. Pois esses conhecimentos elevam além do currículo que carrega consigo, a auto-estima por saber quais são as necessidades e os desafios que a empresa tem e, este funcionário capacitado e treinado já sabe do verdadeiro profissional que a empresa está procurando e que se a organização investe nele é porque acredita na capacidade dele ser este profissional.


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