O planejamento, a preparação, é absolutamente indispensável em qualquer atividade. Estar no meio da estrada com um pneu furado e descobrir que o estepe está vazio ou que a chave de rodas não está onde devia, transforma a viagem num pesadelo. Um terremoto atinge a fábrica de um fornecedor de componentes estratégicos, impedindo a entrega dos pedidos, o que fazer? Uma máquina vital para a produção pára por danos a um componente muito caro e de reposição complicada, e agora?
O planejamento tem como principal objetivo antever situações e condições como essas, prevendo o máximo possível de possibilidades e desenvolver as ferramentas, métodos ou estratégicas para transpor e solucionar obstáculos. A não utilização desses planos põe a empresa em grande risco, pois toda decisão passa a ser um tiro no escuro, onde a possibilidade de atingir o objetivo é muito remota, contando apenas com a sorte.
A "matéria-prima" do planejamento é a informação, sobre tudo que envolve a empresa: concorrência, governo, consumidores, fornecedores, sindicatos, tendências... Quanto maior for o número de variáveis, mais completo é o cenário que se consegue desenhar, maior o número de situações pode-se analisar e consequentemente, a possibilidade de resultados negativos torna-se menor, aumentando as chances de sucesso da empresa.
Segundo dados obtidos no Sebrae, grande parte das pequenas e micro-empresas que não sobrevive tem como principal motivo a falta de planejamento. Um erro muito comum é a falta de previsão adequada de capital de giro e mercado consumidor. Utilizar apenas a intuição (ou "chute") é um erro que na grande maioria das ocasiões, leva uma boa idéia ao fracasso.
Dada sua importância, o planejamento deve ser intensamente utilizado, o administrador deve sempre desenvolver planos de ação, criar condições para que as estratégias sejam plenamente implantadas e tragam os resultados esperados.
Uma observação que merece destaque é que a utilização de um planejamento sem qualidade, pode ser tão ruim, e até mesmo mais prejudicial do que não utilizá-lo. Assegurar a qualidade da informação é vital para a elaboração de um plano com qualidade.
Mais uma vez, remete-se o administrador a um relacionamento íntimo com a IT (tecnologia da informação). Não apenas internamente, mas a todo universo de informações disponíveis, principalmente através da internet. Vivemos a ERA DA INFORMAÇÃO, onde os cenários são extremamente voláteis e as informações muito acessíveis, disponíveis. Aparece então o grande desafio do administrador dessa era: Transformá-las em oportunidades e vantagens competitivas, o chamado: BI (inteligência de negócios).
Assegurar a qualidade da informação (em tempo, confiável e com destino correto) é essencial para que o planejamento tenha as características necessárias para um resultado positivo. Claro, nem tudo pode ser previsto, algumas variáveis estão além do nosso controle (eventos naturais, por exemplo).
Simplesmente arriscar, atirar no escuro, traz resultados catastróficos, salvo em situações de muita sorte, que não são muito comuns. O administrador não pode contar com a sorte, deve sim ajudá-la, afinal, a vida do seu paciente, a empresa, está em jogo.
Ainda que algumas situações escapem ao controle, o planejamento é essencial para que essas situações apareçam com a menor freqüência possível, não comprometendo os planos de ação e nem os objetivos da empresa.
O planejamento é ferramenta extremamente valiosa que nunca deve ser desprezada, obrigatória na vida dos administradores.