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E o mundo não acabou... (de novo!)

15 jan 2013 às 21:37

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Houve um tremendo estardalhaço quando do funcionamento do Grande Colisor de Hádrons (LHC), equipamento desenvolvido para estudar as origens do cosmo, as teorias físicas e criar um novo momento na ciência, onde talvez veríamos juntas as vertentes físicas, estudando e desvendando novos mistérios e segredos do cosmo.

A democratização da informação, oriunda do advento internet, trouxe uma disseminação de todo tipo de ideia. Descobrimos que todos tem algo a dizer, mas que é necessário, de uma forma muito intensa, um filtro constante, para aproveitarmos (aceitar, acreditar, debater, ser contrário) o que circula na mídia mundial. A informação sem fronteiras nos levou a um novo nível de contradições e ideias cartesianas, ideias que não conseguem ser tão globais quanto os meios de propagação atuais. A disseminação da ideia deve ser o catalisador de uma ação pensante, de novas ideias e principalmente de argumentação, sempre em busca do conhecimento.

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Conhecimento é o entendimento dos dados existentes, é quando a informação se torna útil – de uma forma bastante simplista é o que se deseja das pessoas, que pensem. – uma informação aceita sem nenhuma contradição ou é autoritária ou é sinônimo de desconhecimento do assunto. O questionamento é intrínseco ao ser humano, de tal forma arraigado em nossa natureza que não tê-lo, significa que estamos abandonando nossa forma de seres sapientes, tornando-nos apenas ouvintes, viventes mas não participantes do emaranhado que a informação está atualmente apresentada.

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Os estudos de civilizações antigas, com tão pouco material para comprovação das suposições dos estudiosos, é um exemplo perfeito do que quero dizer. Foi apresentado um estudo sobre os Maias, civilização extinta e bastante avançada para a época que ainda existia. Sabe-se que possuíam grandes conhecimentos em astronomia e física, assim como matemática e agricultura. O estudo sobre suas cidades, mostra um altíssimo grau de inovação e soluções avançadas de organização social. Mas seu calendário tinha um fim... Quando essa informação foi divulgada, iniciou-se um tremendo embate sobre o final do mundo, confrontando com o final do calendário Maia. Bom, em nenhum momento, fora sugerido que aquela civilização possuía dons de premonição.

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A falta de entendimento – não conhecimento – é a grande responsável pela gigantesca discussão sobre o fim do mundo. O calendário Maia simplesmente era um pretexto pra justificar aqueles que gostam de levar o caos e que normalmente se beneficiam das crenças de situações apocalípticas normalmente disseminadas entre as pessoas.


A ciência, sempre tão mal compreendida, em momento algum afirmou que o mundo acabaria em 21/12/2012, mas aponta em seus estudos que a extinção é um dos diversos fatores da seleção natural e que, além da mais famosa, aquela onde os dinossauros sumiram, aconteceram mais seis extinções de grande porte em nosso planeta. Essas afirmações, fazem parte apenas das conclusões sobre os estudos do planeta, de seu ciclo de vida (sim, o próprio planeta tem um ciclo de vida) e sobre a necessidade de que as pessoas sejam mais humanas e passem a pensar na existência de forma mais séria. Não apenas com a preservação do planeta, mas principalmente com a preservação da sociedade, das pessoas e de tudo que foi desenvolvido, de toda nossa evolução.

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Se pensarmos friamente, sem todo alvoroço de uma situação apocalíptica, é possível perceber quão frágil é nossa sociedade, a forma como vivemos e da exigência que fazemos ao planeta e a todos os outros humanos que dividem o planeta com seus habitantes. A forma na qual a sociedade está estabelecida é frágil principalmente porque não temos nenhum plano alternativo a situações que são sabidamente delicadas, mas as ações efetivas são modestas e pouco significativas, para todos, porque os problemas são verdadeiros e muito sérios.


Imagine se por qualquer evento, chegarmos a ficar sem energia elétrica durante um período significativo: isso seria mais que suficiente para o final da sociedade como conhecemos. É um exemplo apenas, mas realmente é um daqueles problemas que só nos incomodamos realmente quando acontecem de fato. O final do mundo, pode não ter sido previsto com exatidão ainda, mas existe um grande esforço para que ele ocorra muito brevemente. Principalmente, porque o mundo existirá muito tempo depois que a humanidade tiver ido e talvez os novos habitantes tentem entender o que aconteceu avaliando nossos calendários.

Pense!


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