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A Administração do futuro - parte 2

09 dez 2009 às 18:00

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O moderno conceito de recursos humanos nos traz como referencial absoluto que todo investimento realizado em nossos colaboradores, retorna à corporação de forma verdadeira e muito significativa. A palavra de ordem é "motivação". Diversas são as formas de motivar um funcionário: recompensas financeiras, promoções (horizontal/vertical), horário flexível e uma relativamente nova "efetiva participação e coleta do conhecimento do funcionário".
Principalmente nos níveis de operação, são eles (os operadores das máquinas) as pessoas que mais entendem desses equipamentos sob o aspecto da corporação, dentro de um conjunto específico de funcionamento, manutenção, produção e controle. O equipamento só é "genérico" enquanto está na loja. A partir do momento em que é inserido numa realidade administrativa, passa a sofrer ação daquele conjunto específico de variáveis, fazendo com que ele se torne também único dentro do processo.
Tornar os colaboradores "responsáveis" valoriza-os enquanto indivíduos pensantes. Ao atribuirmos valor à sua rotina diária, o funcionário trabalha melhor, além de compartilhar seu conhecimento com os demais integrantes da equipe, agilizando o processo de correção de falhas, evitando perdas e maximizando a produtividade da corporação.
O conhecimento individual (e pontual) de cada integrante do sistema sobre as infinitas variáveis se reverte em conhecimento organizacional, não da forma cartesiana estruturada (manuais), mas como conhecimento tácito do processo. É o conhecimento individual potencializando a produtividade coletiva.
Nos modelos tradicionais de estrutura administrativa, vemos um fluxo constante de informações e exigências de "cima pra baixo" e um fluxo quase nulo no sentido inverso. Esse modelo força o sistema a funcionar da maneira desejada, de uma maneira controlada, numa tentativa vã de antever todo o conjunto de eventos e variáveis que interferem no processo. As correções que eventualmente se fazem necessárias são muito complexas e difíceis e em sua maioria, não são ágeis o suficiente para a reação necessária do processo como um todo.
As empresas movimentam-se então como grandes dinossauros, além de lenta, sua movimentação afeta um grande número de outras variáveis, muitas vezes, processos que estavam funcionando, passam a não representar o que se deseja, exigindo novas alterações. É o caos gerado a partir da ordem.
Por mais que se tente desenvolver sistemas complexos para geração de informações "on-line", é impossível determinar com a exatidão que se deseja. Se existe um número infinito de variáveis de entrada, o sistema teria que ser capaz de tratar essas informações com exatidão infinita e isso não é possível, não ao menos com a tecnologia e realidade que conhecemos hoje.
A melhor maneira de chegarmos perto desse modelo é exatamente tornando todos os integrantes do sistema como "processadores" das variáveis que ocorrem o tempo todo. Como se existissem sistemas dentro de sistemas, gerando informação o tempo todo, compartilhando e absorvendo as informações dos demais, num modelo tão dinâmico quanto a realidade.
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