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Eis a questão

Por que precisamos de mais mulheres superpoderosas?

Redação Bonde
27 out 2015 às 15:49

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- Reprodução
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Em uma época na qual a redação do ENEM sobre a violência contra a mulher é considerada por alguns um "tema absurdo", é mais importante do que nunca termos fortes protagonistas. Não é coincidência duas séries com super-heroínas no papel principal chegarem às telinhas nos próximos meses: Supergirl e Jessica Jones.

Por mais que personagens como a Mulher-Maravilha e a própria Supergirl já tenham passado pela TV no passado, a reintrodução delas na TV abre um precedente imenso para a época em que vivemos. Afinal, já passa dos dez anos que acompanhamos com frequência heróis como Batman, Homem de Ferro, Superman, Hulk, entre outros, fazendo sucesso nos cinemas, mas nenhuma moça até agora.

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É imprescindível, em um universo considerado predominantemente masculino como o dos super-heróis, ganharmos também a nossa representatividade. Não é interessante ter mulheres apenas como recurso de interesse amoroso ou colocá-las em produções apenas como uma maneira condescendente de passar a mão na nossa cabeça, como que dizendo "tá vendo? Tem pelo menos uma ali". Não. É importante termos também o nosso espaço. Sermos representadas de maneira multifacetada. Não somos todas iguais e, assim como os super-heróis que permeiam o cinema, merecemos também a nossa equivalente.

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Não vou entrar no mérito da Viúva Negra ter ficado de fora de maior parte das linhas de brinquedos infantis de Vingadores: Era de Ultron, mas Supergirl e Jessica Jones podem transformar essa situação. Não é uma questão de forçar ninguém a nada, mas é dar a opção para que o espectador possa escolher seu produto. Abrir o leque e não continuar batendo sempre na mesma tecla.


Mesmo que já tenhamos dado um passo a frente com séries como Orange is the New Black, Scandal, How to Get Away with Murder, The Good Wife, The 100, entre outras, a aparição de uma super-heroína é um passo grande. É mostrar que não importa o gênero da protagonista, o que realmente faz a diferença são boas histórias e bons personagens que cativem qualquer tipo de audiência.

A questão é produzir conteúdo de qualidade que agrade ambos os gêneros, independente de idade. Porque enquanto Supergirl fala com adolescentes, Jessica Jones abre um diálogo com um público mais velho. Ambas, no entanto, não focam exclusivamente no gênero de suas protagonistas, mas estão abertas a explorar todas as problemáticas da vida feminina dentro daquele universo onde elas são muito mais do que apenas mulheres.
(com informações do site Omelete)


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