Objetos íntimos que pertenceram à atriz inglesa Vivien Leigh (1913-1967), protagonista de filmes clássicos como "...E o Vento Levou" (1939) e "Uma Rua Chamada Pecado" (1951), arrecadaram US$ 3 milhões em um leilão na terça-feira passada, dia 26, em Londres.
A peça mais valorizada no leilão, realizado na casa Sotheby's, foi o óleo "Study of Roses", um trabalho que seu autor, o ex-primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, deu de presente à atriz. A obra foi vendida por US$ 860.000, mais de seis vezes acima do preço que tinham estimado os especialistas, que o avaliavam entre US$ 94.200 e US$ 134.000.
No total, foram arrematados 321 lotes da coleção de lembranças de Leigh que tinham sido reunidas por seus descendentes, incluindo uma cópia pessoal do romance "...E o Vento Levou", cuja adaptação à grande tela valeu à atriz o seu primeiro Oscar. O volume da obra escrita por Margaret Mitchell alcançou US$ 67.000 no leilão, enquanto o roteiro do filme, assinado por Sideny Howard, foi arrematado por US$ 79.000.
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Outro objeto que superou todas as estimativas foi um anel de ouro com a inscrição "Laurence Olivier Vivien Eternally", em alusão ao seu marido, o também ator inglês Laurence Olivier. A peça foi vendida por US$ 50.500, apesar de seu preço estimado estar situado entre US$ 538 e US$ 800.
Na sessão foram leiloados também diversos móveis e objetos de decoração procedentes das casas na cidade e no campo que a atriz compartilhou com Olivier.
A coleção leiloada "celebra todos os aspectos da sua vida, desde os anos anteriores à (segunda) guerra (mundial) em Londres, passando por Hollywood, até sua morte em 1967", detalhou um porta-voz da casa de leilões em um comunicado.
"Todos confundimos nossas atrizes favoritas com as heroínas que representam, confundimos a identidade de Vivien com a de Scarlet O'Hara ou Blanche DuBois", afirmou o presidente da Sotheby's no Reino Unido, Harry Dalmeny.
"Mas, por trás da fantasia da mulher mais glamourosa da sua época, encontramos uma grande colecionadora de arte, mecenas, amante dos livros, que era tão intelectual quanto os literatos, artistas e estetas que frequentavam seu circulo", acrescentou.