Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Novo longa

Em 'Reza a lenda', Cauã Reymond é líder de motoqueiros que buscam justiça

Agência Estado
24 jan 2016 às 11:50

Compartilhar notícia

- Reprodução
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Cauã Reymond cavalga no lombo da motocicleta. O sertão não virou mar, como profetizava Glauber Rocha no final de Deus e o Diabo na Terra do Sol, mas com certeza se transformou. Os novos vaqueiros andam de moto, como Cauã em Reza a Lenda, longa de Homero Olivetto que estreou na quinta-feira, dia 21, ou então participam de vaquejadas, mas com o desejo nada secreto de ser estilista, como o Juliano Cazarré de Boi Neon, de Gabriel Mascaro. O sertão da memória ainda existe em algum lugar do imaginário, mas o real, como o Brasil, modernizou-se.

Ao subir na moto, Cauã retoma a estrada de rebeldes clássicos de Hollywood. Marlon Brando em O Selvagem, de Laslo Benedek, Steve McQueen em Fugindo do Inferno, de John Sturges, e claro Dennis Hopper e Peter Fonda em Sem Destino, que o primeiro dirigiu. "Tá me zoando, cara?", pergunta o astro de Reza a Lenda na entrevista realizada no começo de dezembro, há quase dois meses. Foi preciso aproveitar a data para reunir toda a equipe em São Paulo. Cauã, atolado nas gravações de A Regra do Jogo, foi liberado pela Globo. Surpresa? "Ela é parceira no filme" (por intermédio da Globo Filmes). E quanto a se medir com os lendários Brando, McQueen, Hopper... "Não vou negar que pensei neles, sim. O próprio filme é de gênero, portanto, tem tudo a ver. Mas foi só por um momento. Nunca pensei em interpretar o Ara do jeito deles. Tinha que ser do meu jeito."

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


E como é o jeito de Cauã Reymond? "É apanhando", e o rosto ilumina-se no sorriso. "Tive que aprender a andar de moto. Caí, foi um tombo feio. Me dói até hoje, mas não teve arreglo. O personagem exigia. Tinha que fazer."

Leia mais:

Imagem de destaque
Atuou em ...E o Vento Levou"

Objetos pessoais de atriz arrecadam US$ 3 milhões em leilão

Imagem de destaque
Programe-se

Planetário de Londrina exibe sessões neste sábado

Imagem de destaque
Festival de Brasília

Documentário causa polêmica ao filmar tropa de choque

Imagem de destaque
Lei do Audiovisual

Whindersson Nunes fala sobre autorização para captar RS 7,5 milhões


O filme mistura religiosidade e violência no alto sertão, mas agora é um sertão rasgado por estradas de asfalto. Ara/Cauã lidera o grupo que rouba do Coronel a estátua da santa. Reza a lenda que só quando ela voltar a seu povo haverá chuva - e o sertão vai virar mar. O filme mistura gêneros de Hollywood - western com road movie. "São gêneros deles muito consumidos por aqui, mas raros no cinema brasileiro. E foi o que me encantou na proposta do Homero (o diretor). Por que não fazer um filme de gênero, mas nosso, com atores brasileiros?", indaga ainda o ator.

Publicidade


O próprio Homero Olivetto participa da rodada de entrevistas e conta que Reza a Lenda começou a nascer muitos anos atrás, quando viu Baile Perfumado, de Lírio Ferreira e Paulo Caldas. "Era estudante em Salvador e aquela mistura da cultura sertaneja com o universo pop me bateu como um raio. Impactado, escrevi três contos e, num deles, o personagem chamava-se Zaratustra e era a gênese do Ara." Motos, lutas, tiroteios. O risco era grande, mas não tão grande que paralisasse a vontade de fazer. Foram anos de preparação - e a primeira delas fez com que o diretor, estudante de Filosofia, migrasse para o cinema. Os contos de Homero Olivetto viraram roteiro (com Patricia Andrade e Newton Cannito), o elenco teve preparação física e emocional. O Cauã galã da TV cede espaço a esse outro, que bate e arrebenta - mas também toma porrada.


Ele não tem problema com a figura do galã. Diz que o papel cumpre "uma função na dramaturgia de TV". Acha que é preconceito de crítico. Só não quer ficar preso ao personagem. E, por isso, ousa - ousa tanto que virou coprodutor de Reza a Lenda. "Ajudei a captar. Acho importante participar de todo o processo." Vai fazer a mesma coisa com um projeto querido que está sendo gestado com a produtora Buriti, de Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi. "Vamos contar a história do jovem Dom Pedro." Outro filme de gênero praticado por Hollywood, a biografia histórica. "Mas vamos fazer do nosso jeito. Luiz escreve, Laís dirige e os dois têm aquele talento que você sabe. (O repórter sabe, sim.) É coisa para 2017 e eu coproduzo com a empresa que formei com o Canivello." Mário Fernando Canivello é assessor de imprensa de Cauã (e Chico Buarque e outros mais). Acompanha a entrevista e faz o sinal de positivo com a mão. Dom Pedro, o 1.º, já foi personagem de filmes como Independência ou Morte, de Carlos Coimbra, e Carlota Joaquina, Princesa do Brasil, de Carla Camurati, mas a pegada da dupla LL, Laís e Luiz, promete, quem sabe, o grande filmes brasileiro do ano que vem (ou de 2018).

Publicidade


Voltar ao sertão foi gratificante. Cauã já havia gravado a minissérie Amores Roubados em Petrolina. "Me receberam melhor ainda. É uma cidade com estrutura, preparada para receber qualquer filmagem." Impossível falar com ele sem repercutir a novela. A Regra do Jogo começou com muitos problemas e até hoje não virou o evento que se esperava de João Emmanuel Carneiro e Amora Mautner, autor e diretora do megassucesso Avenida Brasil.


Justamente - Avenida Brasil foi um fenômeno, e o fenômeno, por definição, é algo especial, que não se repete. "Tenho o maior respeito por esses dois e a Amora, então, foi a diretora que acreditou em mim e me fez avançar, na vida e na carreira", diz Cauã.


"Percebo que há uma cobrança muito grande, como se a fórmula das telenovela tivesse se esgotado. Mas um sucesso como Avenida Brasil não tem fórmula. Acontece. O que sei é que o público consome e gosta de novela, mas, hoje em dia, a oferta cresceu muito e o público tem muita coisa para escolher, e ver. Continuo achando que estar numa telenovela é privilégio para qualquer ator, porque a comunicação é imediata, é muito especial."

Sobre o Juliano, seu personagem em A Regra do Jogo, diz - "Ele está num momento mais cerebral e, por isso, acabou se tornando uma espécie de guia da polícia contra a Facção. O caminho percorrido por ele tem sido muito interessante. O personagem começou passivo ao sair da prisão, passou por um período de ação intensa, quando descobriu o envolvimento do pai com a Facção, e agora está numa fase investigativa, preparando os próximos passos." Cauã está otimista. Acha que vem coisa boa por aí. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo